quarta-feira, 14 de julho de 2010

SOJA FECHA FIRME SUSTENTADO POR CLIMA.

Os preços futuros da soja encerraram em alta hoje na bolsa de Chicago depois de atingir a máxima de dois meses impulsionado pela incerteza no clima e ainda pela oferta ajustada do grão no curto prazo.
O vencimento agosto subiu 2,50 cents, ou 0,3%, para US$ 9,9750/bushel. O contrato mais ativo, base novembro, avançou 7,50 cents, ou 0,4%, para US$ 9,62/bushel. Estima-se que os fundos especulativos compraram quatro mil lotes no dia. A atividade de fundos é importante referência sobre o fluxo monetário neste mercado.
A soja permanece fortemente sustentada, com a ampliação dos prêmios de risco, por conta do receio quanto ao efeito do clima quente e seco no nível de produtividade das lavouras norte-americanas. O país entra, em agosto, na fase mais crítica de desenvolvimento das plantas.
Os participantes estão preocupados com as condições climáticas entre o final de julho e o início de agosto. Relatórios que indicam altas temperaturas na parte oeste do cinturão deixam os traders cautelosos, disse Mike Zuzolo, presidente do Global Commodity Analytics and Consulting. A fraqueza do dólar e sinais técnicos de tendência altista também ajudaram a puxar os ganhos de grãos no dia. A oferta ajustada da safra 2009/10 sustenta ainda mantém o mercado sustentado, com preços firmes no mercado disponível e sólida demanda, observam analistas.
Amanhã, saem os números de exportação semanal, divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas consultados pela Dow Jones estimam as vendas semanais de soja, na semana encerrada em 8 de julho, entre 650 mil e 1 milhão de toneladas métricas. No caso do farelo, a projeção varia de 75 mil a 175 mil toneladas, enquanto as vendas de óleo de soja oscilam entre 45 mil e 65 mil toneladas.
O farelo encerrou a sessão em alta, seguindo os ganhos da soja. A sólida demanda e baixa disponibilidade do grão para esmagamento puxam os preços. O óleo de soja seguiu o desempenho do complexo soja, mas operações de arbitragem entre óleo e o farelo limitam os ganhos da commodity.
A indústria norte-americana processou 3,436 milhões de toneladas em junho, ante 3,48 milhões de toneladas no mês passado e 3,62 milhões de toneladas em igual período de 2009.
A produção de farelo de soja recuou para 2.698.823 toneladas curtas no período, em comparação com 3.014.901 toneladas curtas em maio e 3.147.241 toneladas curtas no mesmo intervalo de 2009. Já as exportações do produto em junho somaram 501.441 toneladas curtas, acima das 398.802 toneladas curtas embarcadas um mês antes.

MILHO ACOMPANHA OUTRAS COMMODITIES E FECHA COM VALORIZAÇÃO .
Os contratos futuros do milho tiveram valorização nesta quarta-feira na CBOT. O mercado acompanhou os ganhos do trigo e de outras commodities. Os lotes de maior liquidez, para entrega em dezembro, fecharam em alta de 9,25 cents ou 2,39%, cotados a US$ 3,9625/bushel.
Alguns analistas disseram que o preço do milho foi sustentado pelo clima quente nas áreas de produção dos Estados Unidos, além da previsão de que permanecerá assim até o fim deste mês. Outros avaliam que não há motivos para se preocupar com o calor neste momento, pois não deverá ser exagerado. Também afirmaram que muitas regiões vão receber bons volumes de chuva.
O analista Paul Beere, da Prime Ag Consultants, declarou que muitos de seus clientes são produtores que poderiam usar os próximos dias para secar a parte da safra que se encharcou em outras ocasiões. Ele e outros notaram, também, que as commodities avançaram de um modo geral. "Acho que foi um dia para comprar commodities", resumiu. O milho teve suporte, em especial, do mercado de trigo, que esticou seu rali recente por causa de preocupações com as safras no mundo - especialmente na Rússia. "O milho apenas seguiu o trigo, que seguiu o dinheiro (os mercados financeiros)", disse um trader. Ele explicou que os fundos parecem estar se voltando novamente para as commodities, antecipando a possível recuperação econômica. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 11 mil contratos em milho hoje.
Traders permanecerão a observar previsões do tempo, já que o excesso de calor e estiagem poderia causar danos significativos na safra, que se encontra em etapa de polinização (essencial para a produtividade).

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