segunda-feira, 11 de abril de 2011

CLÍMA/SOMAR: CHUVAS NO SUL E BAIXA TEMPERATURA NOS EUA

As frentes frias passam a atuar mais sobre o Sul do Brasil nos próximos dias, com maiores volumes previstos para o Rio Grande do Sul. Conforme previsão da Somar, as águas vão atingir o sul gaúcho, umas das áreas mais prejudicadas pela longa estiagem observada desde a primavera de 2010, provocada pelo fenômeno La Niña. A tendência é que não ocorra mais estiagem daqui para frente. As chuvas devem ser regulares e frequentes. A recuperação do déficit hídrico deve ocorrer gradualmente, informa a Somar.
O sul de Mato Grosso do Sul e o oeste do Paraná também devem ter chuvas nesta semana, favorecendo a lavoura de milho safrinha. "Há previsão de oscilação da temperatura mas, por enquanto, sem expectativa de frio extremo e muito menos risco de geada", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Em contrapartida, o volume de água diminui no Sudeste e no Centro-Oeste, o que deve favorecer neste momento a finalização da colheita das lavouras de verão e o início do corte e moagem da cana-de-açúcar em São Paulo. A possibilidade de tempo seco a partir da segunda quinzena de abril em Mato Grosso e Goiás começa a preocupar os produtores de milho, especialmente as lavouras plantadas fora de época (tardiamente).
No Nordeste do Brasil, que atravessa seu período chuvoso ("inverno nordestino"), as chuvas permanecem concentradas no norte da região, beneficiando diretamente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Já no interior da região os volumes continuam muito irregulares e mal distribuídos.
Segundo a Somar, também há previsão de chuva na faixa leste do Nordeste, favorecida pelo aquecimento das águas do Oceano Atlântico, próximo à costa. As águas devem atingir a região do Recôncavo Baiano, no momento uma das mais castigadas pelos volumes irregulares e fracos ao longo de todo o verão.
Semana
A Somar avalia que as chuvas diminuíram no Sudeste e no Centro-Oeste ao longo da semana passada, o que corresponde a um comportamento típico do outono. Frentes frias provocaram chuvas mais no leste dos Estados da Região Sudeste. Os maiores volumes da semana ficaram concentrados no Norte do País.
Na Região Nordeste, as águas se concentram nas regiões litorâneas. No sertão e no agreste a semana foi de predomínio de sol e apenas chuvas isoladas. O Sul do Brasil teve uma semana de pouca água, o que favoreceu a finalização da colheita da soja.
Estados Unidos
A partir desta semana, a Somar passa a monitorar as condições climáticas nas lavouras de milho e soja dos Estados Unidos. "Mais uma vez o período de plantio das lavouras começa com elevada expectativa com relação ao comportamento do clima", informa Etchichury.
As temperaturas baixas, em virtude do rigoroso inverno e dos episódios de chuvas da primavera decorrente da passagem das frentes frias, representam risco real para o plantio das lavouras do Meio-Oeste americano, principalmente para a lavoura de milho, cujo plantio se concentra em abril.
Conforme a Somar, a presença do La Niña contribui, em tese, para reduzir as chuvas. No entanto, no momento o fenômeno já se encontra em processo de enfraquecimento, favorecendo o avanço das frentes frias na primavera.
"Esta semana, inclusive, há previsão da passagem de uma frente fria que deve causar chuvas. Além disso, associada a essa frente fria se observa uma nova onda de frio sobre o norte e meio-oeste dos Estados Unidos, que a partir da sexta-feira (15) deve provocar temperaturas abaixo de zero", comenta a Somar.
Em compensação, o enfraquecimento do La Niña já em maio e junho, deve contribuir para reduzir o risco de estiagens mais prolongadas durante o verão norte-americano, o que favorece diretamente no desempenho das lavouras na fase final de desenvolvimento.

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