segunda-feira, 11 de abril de 2011

PERSPECTIVA: GRÃOS NA CBOT DEVEM VOLTAR ATENÇÃO PARA DEMANDA.

Os mercados futuros de soja e milho negociados na Bolsa de Chicago devem se manter de lado nesta semana, depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter divulgado um relatório sobre a oferta e a demanda sem novidades, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado.
O USDA surpreendeu o mercado norte-americano ao manter suas estimativas sobre os estoques finais em 2010/11 de soja - 140 milhões de bushels - e de milho - 675 milhões de bushels -, menor volume em 15 anos. O mercado acabou desconsiderando os dados, voltando suas atenções para a demanda. Os preços subiram porque traders disseram que as previsões indicam que os estoques estão tão baixos que o USDA relutou em reduzir ainda mais sua estimativa. A queda do dólar também deu sustentação.
O contrato maio da soja subiu sexta feira 28,75 centavos, ou 2,11%, e fechou a US$ 13,9225 por bushel. O mesmo vencimento do milho avançou 9 centavos, ou 1,19%, para US$ 7,68 por bushel.
Segundo Vinicius Ito, da corretora Newedge, o mercado de soja busca uma confirmação de que a China teria comprado o grão brasileiro e óleo dos Estados Unidos, rumor fortalecido pela alta dos prêmios. "Se a China voltou a comprar, isso é um fator importante. Eu imaginava que o mercado não conseguiria se manter nesse nível de US$ 14, mas se a China voltou a comprar pode haver uma sustentação. A questão é saber se a compra foi próxima desse valor e de onde é a soja", disse ele.
O cenário para o milho também é altista, uma vez que os estoques americanos são baixos, e a alta dos preços seria uma maneira de tentar racionar a demanda. Em grande parte, a queda da oferta decorre do fato de o consumo de etanol estar crescendo nos Estados Unidos, onde o cereal é a principal matéria-prima do combustível. O USDA elevou em 1% sua projeção para o consumo de milho na produção de etanol da temporada 2010/11, totalizando 127 milhões de toneladas. E o governo estimula o consumo, pois o presidente Barack Obama quer, até 2025, reduzir em um terço a dependência do país do petróleo estrangeiro.
"O milho também tem uma sustentação natural porque há muito pouco estoque no curto prazo. Mas fica de lado agora porque não houve notícias novas, e o pessoal tem medo de vender porque o mercado esta muito altista. Existe um receio quando o mercado sobe com facilidade", completou Ito.

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