sexta-feira, 15 de abril de 2011

INSUMOS/MT- ANTECIPAÇÃO DA COMPRA É RECORDE.

A próxima safra de soja em Mato Grosso, que será semeada a partir da segunda semana de setembro deste ano, já registra recordes na antecipação da compra dos insumos e também nas vendas do produto que começa a ser colhido em janeiro de 2012. Um levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que os produtores já venderam 12% da produção da próxima safra, nível que nos últimos anos só foi atingido no mês de julho.
O superintende do Imea, Otavio Celidonio, explica que grande parte das vendas ainda não tem preços fixados. Após o encerramento de uma colheita que vai ficar na história por causa da boa rentabilidade, os agricultores devem aguardar a definição da safra norte-americana e o comportamento das cotações na Bolsa de Chicago antes de travar os preços. Neste ano, as chuvas atrapalharam o fim da colheita, mas os prejuízos foram pontuais em determinadas regiões, sem comprometer a produtividade, que chegou a 60 sacos na média estadual.
O otimismo em relação à próxima safra se reflete na antecipação da compra de insumos. O levantamento do Imea mostra que até o mês passado 68% do fertilizante tinha sido comprado pelos agricultores de Mato Grosso, volume 13 pontos porcentuais acima do nível observado no mesmo período do ano passado. No caso das sementes, que serão entregue alguns dias antes do início do plantio, 72% do volume já está comprado, com avanço de 16 pontos porcentuais em relação ao ano passado. As compras dos defensivos também cresceram 13 pontos porcentuais e atingiu 66%.
Como grande parte dos insumos já foi comprada e apenas uma pequena parcela da soja vendida, tudo indica que o produtor empregará uma maior parcela de capital próprio para o custeio da próxima safra, aproveitando o lucro obtido na colheita deste ano. Segundo dados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), na safra passada 37% dos recursos utilizados para bancar o plantio saíram do bolso dos agricultores. Os bancos tiveram uma participação de 21%; os fabricantes de insumos e suas revendas responderam por 33%, enquanto as tradings bancaram 8,7%. Os levantamentos feitos pelo Imea mostram que há dois anos as tradings financiavam 35% da safra e os fabricantes junto com as revendas bancavam 14%.
Um dos fatores que motivou a corrida pela compra dos insumos foi o receio da alta de preços ao longo do primeiro semestre. O acompanhamento de mercado feito pelo Imea mostra que a média de preço do fertilizante supersimples no mês passado ficou em US$ 412,70/tonelada, valor 31,23% acima do registrado em março de 2010 (US$ 314,48/tonelada) e 5,36% superior ao observado em fevereiro último (R$ 314,48/tonelada). O cloreto de potássio (KCL) subiu 6,21% de fevereiro para março, enquanto em relação ao mesmo mês do ano passado a alta é de 8,42%. A cotação da ureia se manteve praticamente entre fevereiro e março (+0,31%), mas na comparação com o início do ano passado subiu 12,06%.

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