terça-feira, 19 de outubro de 2010

DÓLAR SOBE COM NOVO IOF E EXTERIOR.

Pressionado pelo avanço externo do dólar após a China elevar juros e a nova alta do IOF a estrangeiros no Brasil, a moeda norte-americana no mercado doméstico oscilou com sinal positivo o dia todo e atingiu a máxima pela manhã, de R$ 1,70 (+2,16%) no balcão. Contudo, a cotação desacelerou os ganhos à tarde e chegou a renovar a mínima de R$ 1,681 (+1,02%).
Segundo operadores consultados, essa perda de ritmo das cotações na sessão vespertina foi atribuída em parte a um aumento da oferta da divisa por exportadores e ainda à identificação de janelas pelo mercado para driblar o IOF maior. De todo modo, após esse horário, a moeda norte-americana voltou a ser pressionada para cima, num movimento que coincidiu com a aceleração da valorização do dólar ante o euro lá fora e a realização do segundo leilão de compra do Banco Central, que fixou a taxa nesta operação em R$ 1,6852. No primeiro leilão, mais cedo, a taxa foi de R$ 1,6958. No fechamento, o dólar à vista no balcão subiu 1,32%, a R$ 1,6860. Na BM&F, o a vista encerrou a R$ 1,6832, com valorização de 1,06%.
O giro financeiro total à vista registrado somava cerca de US$ 3,623 bilhões, dos quais US$ 3,242 bilhões em D+2.
No mercado futuro o contrato de dólar mais negociado, com vencimento em 1º de novembro/2010, estava em alta de 0,75%, a R$ 1,6895. Cinco vencimentos de dólar futuro foram negociados, todos em alta, com um volume financeiro de US$ 20,867 bilhões, segundo a BM&FBovespa. Esse volume de negócios era cerca de 33% superior a todo o giro movimentado ontem, de US$ 15,651 bilhões.
Apenas duas semanas após elevar o IOF sobre os fluxos de investidor estrangeiro para renda fixa de 2% para 4%, o Ministério da Fazenda decidiu ontem à noite aumentar a partir de hoje a alíquota do tributo para 6%. A novidade agora foi a subida do IOF para 6% (anteriormente em 0,38%) sobre os fluxos de investidor estrangeiro dirigidos a depósitos de margem para negociações no mercado futuro. O IOF sobre os fluxos para renda variável segue inalterado em 2% e os investimentos em IED continuam isentos.
Há certo consenso nas mesas de operações de que essas medidas adicionais do governo devem desestimular o fluxo de capital estrangeiros para aplicações de curto prazo, até um ano, no Brasil, porque comprometem a rentabilidade. De outro lado, devem estimular um aumento do prazo das aplicações de estrangeiros; aumento da rentabilidade bruta dos papéis prefixados; e migração das operações no mercado futuro BM&F para o mercado de balcão e derivativos no exterior, segundo apontou a LCA Consultores em boletim diário distribuído a clientes. Os analistas da LCA, entendem que o efeito de alta das medidas sobre o câmbio, no entanto, não deverá ter vida longa, pois os fundamentos que apreciaram o real continuam presentes, como o diferencial de juro interno e externo elevado, alto
crescimento econômico e retorno sobre o capital mais elevado que nas economias desenvolvidas e percepção de risco baixa e caindo.
No mercado externo o euro recuava a US$ 1,3743, de US$ 1,3992 no fim da tarde de ontem em Nova York. O dólar subia para 81,45 ienes, de 81,18 ienes ontem.

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