terça-feira, 19 de outubro de 2010

SOJA FECHA ESTAVEL; DEMANDA SEGUE FORTE.

Os preços internacionais da soja terminaram a segunda-feira perto da estabilidade na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em novembro recuaram 1,0 cent ou 0,08% e fecharam a US$ 11,84/bushel. Segundo analistas, o mercado deve se recuperar rapidamente, pois a demanda para exportação permanece forte.
Na sexta-feira, os futuros haviam saltado para as máximas em 14 meses, com sinais de exportação e preocupações com o clima seco e com a desaceleração do plantio no Brasil. O rali deu sinais de que está perdendo força, pois na sexta-feira o mercado fechou em baixa após alcançar as máximas. "Acho que agora estamos esperando um pouco", disse o analista Bill Nelson, da corretora Doane Advisory Services.
O rápido ritmo de colheita pesou sobre as cotações hoje, segundo um analista. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 83% da safra foi colhida, o que ficou dentro da expectativa dos traders, de 80% a 85%, ante 67% na semana passada.
Mas analistas avaliam que o mercado deva se recuperar rapidamente, pois a demanda da China é robusta. O USDA anunciou nesta segunda-feira que a China, maior importador mundial de soja, comprou 120 mil toneladas dos Estados Unidos. As inspeções de exportação também foram consideradas expressivas."Haverá algumas compras (de futuros ) de soja enquanto as exportações vierem desse jeito", comentou Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities. "Parece que a China tem uma demanda insaciável."

MILHO FECHA EM BAIXA PRESSIONADA PELA COLHEITA.
Os contratos futuros de milho tiveram perdas pela quarta sessão consecutiva na Bolsa de Chicago, pressionados pela colheita nos Estados Unidos e pela falta de notícias sobre demanda. Nesse contexto, participantes do mercado embolsaram lucros e pressionaram as cotações. Posição mais líquida, o vencimento dezembro recuou 5,75 cents ou 1,02% e fechou a US$ 5,5725/bushel.
O mercado parece ter perdido o seu momentum positivo, observado na semana passada, ao menos por enquanto. Embora muitos traders esperem novas reduções no tamanho da safra americana, também notam que ainda faltam três semanas para que o governo divulgue um novo relatório de safra.
Traders disseram que a estimativa menor do que o previsto, divulgada há alguns dias pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), já foi assimilada pelo mercado. "Mercados altistas precisam ser alimentados todos os dias e simplesmente não temos isso hoje", explicou Chad Henderson, analista da corretora Prime Ag Consultants.
A colheita atual, que evolui bem por conta do clima favorável, também pesa sobre os preços, segundo analistas.Traders esperaram o relatório de acompanhamento de safra, que indicou 68% da safra colheita. Traders e analistas esperavam de 60% a 70%.
O analista Jerry Gidel, da corretora North American Risk Management Services, acrescentou que o ritmo das exportações parece ter diminuído. Os produtores buscam vender a preços historicamente elevados, segundo traders, mas a colheita pressiona o mercado. Alguns analistas acreditam que o fato de o milho ter superado os US$ 5,50/bushel começa a desencorajar a demanda, mas outros discordam. "As margens do etanol ainda estão muito boas", disse um trader.
Analistas também dizem que, embora os preços altos afetem os criadores de gado no longo prazo, no curto prazo estão vendendo animais que foram alimentados com ração mais barata, do início do ano.

TRIGO FECHA EM BAIXA DE 2,0% COM PREVISÕES DE CHUVA
Os preços futuros de trigo caíram nesta segunda-feira no mercado americano. Previsões do tempo indicaram chuva e diminuíram as preocupações com a seca que poderia afetar a safra. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro fecharam em baixa de 14,50 cents ou 2,06%, cotados a US$ 6,90/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 13,0 cents ou 1,74% e terminou a US$ 7,32/bushel.
Os futuros cederam depois de encontrar suporte, na sexta-feira, em preocupações com a seca que poderia afetar a produtividade no Meio-Oeste, no Delta do Mississippi e nas Planícies do Oeste dos Estados Unidos. Novas previsões do tempo sinalizaram chuvas hoje no Norte do Delta e no Sul do Meio-Oeste na semana que vem, o que resultaria em "melhorias notáveis em germinação e estabelecimento do trigo", de acordo com a empresa de análises climáticas MDA EarthSat Weather.
Na Rússia, a queda das temperaturas em áreas do Norte está pressionando o trigo em dormência. A safra será mais vulnerável a danos causados por temperaturas baixas de inverno no Vale do Volga, em virtude do clima seco persistente, segundo a MDA.
A Ucrânia impôs oficialmente uma cota de exportação que restringe as vendas externas a 500 mil toneladas até o fim do ano, um montante pequeno, de acordo com documento publicado hoje no site do governo. Traders disseram que o limite não surpreendeu, pois o país vinha discutindo isso há meses, diante da estiagem rigorosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas