quarta-feira, 19 de maio de 2010

CBOT – SOJA E MILHO MANTÉM PREÇOS DE LADO.

Os futuros da soja, negociados na bolsa de Chicago, encerraram a sessão em baixa nesta quarta-feira. O contrato mais negociado, base julho, terminou com baixa de 1 cent, ou 0,11%, para US$ 9,3850/bushel. O vencimento novembro, primeiro da safra nova, caiu para o menor valor de desde 5 de fevereiro: queda de 7,75 cents, ou 0,85%, para US$ 9,0575/bushel. O mercado segue pressionado pelo clima mais seco no meio-oeste norte-americano está favorecendo à rápida expansão do plantio e ao bom desenvolvimento das lavouras semeadas recentemente.
A nova demanda, em meio ao cenário de estoques ajustados, vem justamente no momento no período de baixa sazonalidade de demanda pelo produto dos Estados Unidos, quando as compras se concentram na oferta da soja sul-americana, colhida recentemente. Mesmo assim, a tendência de baixa ainda predomina nos futuros da soja. O clima é favorável, o dólar está firme e o declínio sazonal de demanda doméstica e externa são fatores que limitam o entusiasmo dos participantes altistas.
O clima será determinante para o mercado. A direção dos preços nos próximos 30 dias dependerá fortemente deste fator. A expectativa é que as cotações continuem em baixa se as condições continuarem favoráveis durante o período de desenvolvimento das lavouras. Os fundos especulativos venderam cerca de 1 mil lotes de soja hoje. A atividade destes participantes serve para mensurar o fluxo de investimentos neste mercado.
Amanhã o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga o relatório de exportações semanais às 9h30. Os analistas consultados pela Dow Jones estimam que as vendas da semana encerrada em 13 de maio devem ficar entre 400 mil e 700 mil toneladas. As exportações de farelo foram estimadas entre 50 mil e 150 mil toneladas e as de óleo de soja de zero a 15 mil toneladas.
O farelo terminou em baixa, depois de sucumbir às operações de spread deste mercado com o óleo de soja. A retração da demanda ajudou a pressionar as cotações e levou a ajustes no mercado. Já o óleo de soja encerrou com sólidos ganhos. Depois de recuar para as mínimas de três meses, o mercado segue em consolidação.

MILHO

Os contratos de milho terminaram o dia perto da estabilidade. Os lotes com entrega em julho caíram 0,50 cent ou 0,14% e fecharam a US$ 3,5925/bushel. O viés de baixa foi atribuído ao ambiente favorável para o desenvolvimento da safra americana.
A combinação entre clima benéfico para a safra recém-plantada e a pressão de outros mercados - como o declínio dos preços do petróleo - atraiu vendedores ao mercado. Traders altistas se decepcionaram com a falta de habilidade do mercado de estimular os compradores, depois do anúncio de venda de milho americano para destinos desconhecidos. Rumores sobre compras da China ainda parecem dar algum suporte. Além disso, o dólar se desvalorizou frente a outras moedas e limitou as perdas. Outro rumor de que a China transferiu as importações de milho do Brasil para Estados Unidos atraiu compras deste contrato, segundo Jack Scoville, analista da Price Futures Group, de Chicago.
Apesar do leve recuo, vai ser difícil ver uma forte quebra nos preços, já que a China continua comprando milho dos Estados Unidos, o mercado está preso dentro de um intervalo de preços, sem notícias fortes o suficiente para derrubá-los ou impulsioná-los. O mercado parece procurar um preço internacional justo para o milho. Mas as incertezas sobre a duração da temporada de desenvolvimento da safra tornam difícil precificar a esperada safra recorde, segundo um analista. Previsões do tempo indicam clima mais seco e quente nas áreas de produção americanas, o que poderá favorecer o plantio de primavera e o desenvolvimento dos campos de milho e soja.

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