quinta-feira, 20 de maio de 2010

CHICAGO-SOJA REVERTE PERDA E MILHO DA SINAIS DE DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO.

O mercado futuro da soja encerrou em alta hoje na Bolsa de Chicago (CBOT). As cotações aproximaram-se das máximas do dia quase no final da sessão, seguindo a trajetória de mercados vizinhos e sustentadas pela boa demanda física no curto prazo. O vencimento julho, avançou 5,50 cents, ou 0,59%, e terminou a sessão a US$ 9,44/bushel. O novembro, contrato referente à safra nova, subiu 2,24 cents, ou 0,25%, para US$ 9,08/bushel.
A movimentação de mercados vizinhos havia pressionado as cotações da soja no começo do pregão, mas a modesta recuperação do petróleo e das bolsas de ações, combinada com a retração do dólar próximo do fechamento, deu bom suporte ao mercado futuro da oleaginosa.
O vencimento julho, que representa volumes estocados da safra 2009/10, foi sustentado pela firmeza dos preços no mercado físico. O nível apertado dos estoques de passagem, as poucas vendas de produtores e a demanda sólida, tanto interna como externa, fizeram os participantes apostarem na alta do mercado. Os processadores encontram dificuldades para encontrar oferta física e são obrigados a elevar os preços na tentativa de retirar o estoque das mãos de produtores, disse Joe Victor, analista da Allendale Inc.
Os vencimentos de curto prazo ficaram sustentados mesmo diante das forças baixistas de outros mercados ao longo do dia. Entretanto, os contratos da safra 2010/11, permaneceram em tom defensivo. O clima favorável às lavouras no meio-oeste puxa a rápida expansão do plantio e o bom desenvolvimento das plantas, pressionando os vencimentos mais longos. A trajetória só mudou no final da sessão, com a inversão de mercados. Fundos especulativos compraram mais de 2 mil lotes na soja. A atividade destes participantes é uma medida do fluxo de investimentos no mercado.

MILHO

Estimulado por notícias de demanda, os preços futuros do milho encerraram a quinta-feira em território positivo na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Os contratos com vencimento em julho, os de maior liquidez, fecharam em alta de 2,75 cents ou 0,77%, cotados a US$ 3,62/bushel. Embora tenham recuado no início da sessão, os futuros se recuperaram quando o dólar saiu das máximas.
A estabilização do euro no fim da tarde limitou a valorização do dólar e, consequentemente, permitiu ao petróleo e às ações que se recuperassem das perdas iniciais. Os grãos acompanharam esse movimento, mas os contratos de milho encontraram suporte na demanda para exportação do cereal americano. Segundo o analista Brian Hoops, presidente da corretora Midwest Market Solutions, a sólida demanda para o milho dos Estados Unidos e os sinais de maior interesse da China são positivos para os preços.
O secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Tom Vilsack, afirmou nesta quinta-feira que enxerga "grande potencial" na China como importador do milho americano, tomando por base suas compras recentes. De acordo com dados do USDA, a China comprou 354,1 mil toneladas de milho para entrega no ano comercial 2009/10 e 130 mil toneladas para 2010/11, que começa em 1º de setembro. Os chineses não são compradores tradicionais de milho, mas têm importado dos Estados Unidos para limitar os preços domésticos.
O USDA informou hoje que os Estados Unidos venderam um saldo de 1.354.100 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 13 de maio, alta de 65% em relação ao volume da última semana e de 1% frente à média das quatro semanas anteriores.
Hoops acrescentou que os firmes preços no mercado à vista serviram como sinal de boa demanda, o que ajuda nas operações de spread altistas. Os contratos da nova safra, representada pelos últimos vencimentos, foram pressionados durante a maior parte do dia pela expectativa de clima bom no Meio-Oeste americano na semana que vem, ajudando na produtividade. Mas participantes do mercado cobriram posições vendidas e evitaram que a desvalorização fosse maior. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 5 mil lotes em milho hoje. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Chicago.

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