segunda-feira, 17 de maio de 2010

SOJA/MILHO : BOLSA DE CHICAGO FECHA EM QUEDA, CLIMA E MOEDAS PESAM.

Os preços futuros da soja caíram hoje para o menor patamar em quase sete semanas na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em julho, mais negociado, encerrou o pregão com perda de 12,50 cents ou 1,31%, cotado a US$ 9,41 por bushel.
As preocupações com a economia europeia voltaram a alimentar a aversão dos investidores a ativos de risco e a corrida para o dólar. A valorização da moeda americana exerce um efeito baixista sobre os preços das commodities, já que deteriora o poder de compra de empresas e investidores que usam outras divisas."O dólar foi o grande responsável pela queda, mas o mercado também cedeu devido às condições favoráveis para o avanço do plantio e a evolução da próxima safra americana. Os trabalhos de plantio estão adiantados e devem seguir em bom ritmo nesta semana, já que a meteorologia prevê clima mais seco e quente para o Meio-Oeste norte-americano. Segundo especialistas, um bom início de plantio aumenta as chances de produtividades elevadas. 
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 38% da área a ser destinada às lavouras de soja já foi cultivada, ante 23% em igual período do ano passado e 35% na média dos últimos cinco anos para o período. Apesar disso, na média, os analistas de mercado projetavam algo próximo a 45%. Os preços da soja firmaram-se depois que usuários finais foram às compras, aproveitando as condições favoráveis em uma época do ano geralmente associada à forte volatilidade no mercado. As incertezas quanto ao longo período de desenvolvimento da safra americana também ajudam a sustentar o mercado.

MILHO

Os preços futuros do milho atingiram hoje o menor nível em três semanas na CBOT, pressionados pela valorização do dólar e pelo clima favorável para desenvolvimento da safra americana. Os contratos com vencimento em julho fecharam em queda de 7,0 cents ou 1,93%, cotados a US$ 3,56/bushel. A mínima da sessão foi US$ 3,5550/bushel.
O dólar se valorizou frente a uma cesta de moedas, os preços do petróleo caíram, assim como os das ações. Essa combinação de fatores pesou sobre o milho e outros mercados de commodities, em meio às dúvidas sobre a situação da economia europeia. A ausência de notícias positivas para o milho deixou o mercado suscetível a pressões externas. Além disso, o clima se mostra bom para o plantio da safra de primavera dos Estados Unidos e para o seu desenvolvimento, o que atribui tom defensivo aos preços. Traders altistas estão decepcionados com a falta de confirmações de novas vendas de milho americano para a China, além do anúncio feito na semana passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Previsões do tempo indicam clima quente em parte substancial das áreas centrais e Leste do Cinturão do Milho americano, durante a próxima semana. Segundo o analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, isso era o exatamente o que a safra de milho precisava.
Há pouco, o USDA informou em seu relatório semanal que 87% da safra dos Estados Unidos já foi plantada, ante 61% há um ano. Além disso, 67% das lavouras estão em condição boa a excelente. Segundo analistas, daqui para a frente o milho está prestes a se recuperar, caso o dólar estabeleça uma máxima de curto prazo, com incertezas sobre a duração da temporada de plantio e a possibilidade de maior demanda. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 7 mil lotes de milho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas