quinta-feira, 5 de maio de 2011

COMMODITIES: PREÇOS DESPENCAM NA ESTEIRA DOS METAIS E PETRÓLEO.

Os preços dos metais, do petróleo e de outras commodities despencaram nesta quinta-feira, puxados por temores de que o movimento de alta dos preços dos últimos meses das matérias-primas está se esgotando. A pressão vendedora foi vista inicialmente no mercado da prata.
O contrato futuro da prata despencou 8,9% para US$ 35,880 a onça-troy, 26% abaixo do nível do fechamento do contrato na sexta-feira, quando a CME Group, que opera a bolsa eletrônica de metais, elevou pela segunda vez a exigência de margem para operação com o metal.
A dramática desvalorização da prata da máxima em 31 anos atingida pelo metal no fechamento de sexta-feira, a US$ 48.584,00 a onça-troy, influenciou outros mercados de commodities que também operam em máximas históricas, enquanto os indicadores econômicos mais fracos nos EUA ajudaram a espalhar temores de que os consumidores e as empresas irão se retrair diante do cenário de custo elevado das matérias-primas. A rápida apreciação do dólar também contribuiu para provocar vendas das commodities.
"O que precipitou (o movimento) foi o rompimento da prata", disse o presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, Mike Zuzolo. O contrato futuro do petróleo despencou mais de 7% na Nymex, com os indicadores norte-americanos mostrando que a demanda está se enfraquecendo diante do elevado custo da gasolina, a US$ 4,00 o galão, nas bombas. Na mínima intraday, o contrato do petróleo WTI para junho chegou a 101,71 o barril, a menor cotação desde 18 de março. O cobre para maio negociado na Comex, divisão de metais da Nymex, caiu para abaixo de US$ 4.000,00 pela primeira vez este ano e chegou a US$ 3,9705 por libra peso, o menor preço desde 6 de dezembro. O ouro cedia para abaixo de US$ 1.500,00 a onça-troy pela primeira vez em seis dias.
Após direcionarem os preços das commodities em alta durante a maior parte de 2011, na esteira de preocupações de baixa oferta, investidores temem que os elevados preços irão prejudicar o consumo. Os bancos centrais estão subindo o juro e encerrando programas desenhados para acelerar a recuperação econômica e alguns participantes do mercado estão preocupados de que os custos elevados dos alimentos e da energia irão ameaçar a recuperação econômica.
O algodão, em particular, tem sido atingido pelo recuo no consumo, após atingir uma máxima histórica em março e os indicadores econômicos acentuaram as preocupações com a recuperação econômica e se os consumidores conseguirão lidar com a alta dos custos de bens de consumo básicos como roupas e alimentos.
O algodão para entrega em julho caiu 4,4% mais cedo na ICE, para US$ 1,4488 por libra. O cacau para julho cedeu 4,6% para US$ 3.064,00 a tonelada e o café arábica recuou 1,9% para US$ 2,8900 a libra, depois de atingir uma máxima em 14 anos na segunda-feira.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reportou que as vendas semanais para exportação foram "generalizadamente fracas", as vendas, abaixo das expectativas dos analistas, para milho, soja e aveia, são um sinal de que os compradores estão recuando diante dos preços historicamente elevados, disseram analistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas