terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CBOT/GRÃOS: REALIZAÇÃO DE LUCROS PRESSIONA FUTUROS.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda nesta segunda feira, pressionados pela realização de lucros, uma vez que traders optaram por reduzir a exposição ao risco antes da divulgação na quarta-feira do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O contrato março, de maior liquidez, recuou 9 centavos, ou 0,6%, para fechar cotado a US$ 14,2450 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 3 centavos, ou 0,2%, para US$ 13,66 por bushel.
A incerteza sobre a produção da América do Sul, com a perspectiva de que uma safra maior no Brasil do que o previsto inicialmente vai compensar qualquer queda na estimativa da Argentina, levou traders a reduzir a exposição ao risco.
A expectativa geral entre os analistas é de que o USDA vai elevar sua projeção para a produção brasileira. Mas as chuvas favoráveis elevaram o nível de incerteza sobre a produção argentina, e analistas tentam descobrir se as precipitações melhoraram a rentabilidade ou apenas reduziram as perdas.
O mercado não registrou nenhuma notícia nova que sustentasse a alta observada na abertura do pregão, uma vez que a China só deve retornar ao mercado após o feriado do Ano Novo Lunar, que acaba na quarta-feira. O país asiático é o maior importador mundial de soja.
Entretanto, o mercado mantém a tendência altista uma pois a perspectiva é que o USDA vai reduzir ainda mais a projeção para os estoques finais do país, que já estão em níveis precariamente baixos.
A forte demanda continua sendo o pilar de sustentação do mercado, limitando as quedas já que os participantes estão preocupados com a já apertada oferta.
O relatório de inspeções semanais dos embarques de grãos nos EUA durante a semana encerrada na última quinta-feira (dia 3) registrou 41,33 milhões de bushels de soja, acima do esperado. Os dados da semana passada foram revisados para cima em 13 milhões de bushels, para 42,77 milhões.
Os produtos derivados também fecharam em queda. O óleo de soja sofreu pressão do petróleo e o contrato março caiu 57 pontos, 1%, para fechar a 58,41 centavos por libra-peso.  O farelo de soja também registrou realização de lucros e o março retrocedeu US$ 0,80, ou 0,2%, para US$ 382,40 por tonelada.

MILHO RECUA DO MAIOR NÍVEL EM 30 MESES E FECHA COM PERDAS
Participantes do mercado de milho embolsaram lucros nesta segunda-feira e pressionaram as cotações da commodity negociada na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em março caiu 3,75 cents ou 0,55% e fechou a US$ 6,7475/bushel. O movimento ocorreu depois que os futuros alcançaram o maior nível em 30 meses, a US$ 6,8125/bushel.
Traders tiraram as fichas da mesa antes da divulgação dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na quarta-feira. A espera aumenta a incerteza no mercado.
No entanto, a expectativa é de que o USDA confirme a situação de oferta extremamente baixa do cereal. "Não acho que os ganhos se manterão até o relatório e tampouco que as quebras durarão", disse o analista Tim Hannagan, da PFG Best.
O milho continua competindo com a soja por área plantada, cujos preços também estão no patamar mais alto em dois anos. Também concorre com o algodão, que na semana passada alcançou o maior preço em 140 anos. As discussões sobre os estoques estreitos dos Estados Unidos sustentaram o mercado.

TRIGO/EUA ATINGE MÁXIMAS EM 30 MESES COM NOVA DEMANDA INTERNACIONAL
Os preços futuros do trigo alcançara máximas em 30 meses nesta segunda-feira, com um novo fortalecimento da demanda no Oriente Médio e no Norte da África, inclusive no Egito. Na Bolsa de Chicago os contratos mais negociados, com vencimento em março, tiveram valorização de 5,0 cents ou 0,59% e fecharam a US$ 8,5875/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 10,75 cents ou 1,14% e fechou a US$ 9,5350/bushel.
Durante o fim de semana, o Egito comprou 170 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos, da Argentina e da Austrália, depois de quase um mês longe do mercado internacional. A compra robusteceu a confiança dos participantes em que a demanda do país permanecerá forte, apesar dos protestos políticos no Egito.
Aparentemente, essa aquisição despertou compras de outros países na região, onde os preços dos alimentos vêm subindo. Turquia, Argélia e Iraque abriram licitação de compra de trigo, segundo traders. "De repente há uma onda na demanda", comentou o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best.
Entretanto, a expectativa é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mantenha sua projeção para as exportações de trigo no relatório mensal de safra que será divulgado na quarta-feira. Provavelmente o governo esperará para ver se a demanda permanece forte depois de ter aumentado a previsão das exportações em 4%, para 1,3 bilhão de bushels, no relatório do mês passado.

ALGODÃO/NY FECHA EM ALTA DE 4%.
Os preços futuros do algodão atingiram o novo limite de alta em Nova York, durante a sessão desta segunda-feira. Na semana passada, a bolsa anunciou a alteração do limite de 400 para 700 pontos. Os lotes mais negociados, para entrega em março, recuaram um pouco antes do fechamento e terminaram com ganhos de 665 pontos ou 3,96%, cotados a 174,51 cents/lb. Preocupações com a oferta global, diante da firme demanda, voltaram a puxar os preços.
No sábado, o Conselho Nacional de Algodão dos EUA previu que a área cultivada no país deverá crescer 14%, para 5 milhões de hectares. Isso pode render 4,2 milhões de toneladas da fibra, ou 200 mil t mais que no ano passado. Mas analistas acreditam que o aumento não será suficiente para recompor os estoques do país diante da forte demanda internacional pela fibra, em especial da China.

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