terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

GRÃOS: SOCIÉTÉ GENERALE VÊ PREÇOS E DEMANDA SUBINDO.

Os preços do trigo devem encerrar este ano acima de US$ 9 por bushel, conforme a oferta continua inferior à demanda, apesar da recuperação da produção mundial, estimou ontem o Société Generale. Nas primeiras projeções para temporada 2011/12, o banco francês disse prever que a safra global subirá para 670 milhões de toneladas, ante 644 milhões de toneladas em 2010/11, basicamente devido à melhora da produção na Rússia e na Europa.
Ainda assim, o Société Generale elevou a perspectiva de preço do quarto trimestre deste ano em relação à previsão anterior de US$ 7,26 por bushel, e informou que a relação mundial oferta/demanda deve cair 0,7 ponto porcentual, para 25,8%.
"A contínua tendência de queda dos estoques mundiais, o eventual fracasso da safra dos Estados Unidos, as fracas perspectivas de colheita do Oriente Médio e a possibilidade de a China importar trigo sustentam os preços", justificou Emmanuel Jayet, analista do banco. Em geral, as cotações dos grãos devem permanecer "em um nível elevado até o final do ano", já que a produção deixa os mercados com um superávit global de ofertas "relativamente limitado" de 16 milhões de toneladas, acrescentou ele.
Soja - A soja encara fundamentos particularmente altistas e deve continuar em déficit durante 2011/12. Mesmo com a produção mundial subindo para 261 milhões de toneladas, ante 255 milhões de toneladas no ano-safra anterior, Jayet disse que a demanda deve crescer mais rapidamente, alcançando 269 milhões de toneladas, ante 155 milhões de toneladas em 2010/11. Ele estima os preços da oleaginosa nos Estados Unidos em US$ 15,80 por bushel no final de 2011, à medida que "os estoques globais recuarão para o nível mais apertado em quase 15 anos."
Milho - O milho deve se beneficiar dos atuais níveis de preço elevados, com uma produção excedente de 26 milhões de toneladas, conforme a expansão do plantio impulsiona a demanda para 874 milhões de toneladas em 2011/12. Apesar disso, as cotações em Chicago devem mirar US$ 5,90 por bushel no final do quarto trimestre deste ano, mais de 10% abaixo do patamar atual, mas ainda próximo das máximas históricas. "Dado o persistente aperto no complexo de grãos, e o fato de que o mercado norte-americano de milho, em particular, deve continuar apertado, nós acreditamos que a perspectiva dos fundamentos não justifica uma queda acentuada dos preços", afirmou Jayet.

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