terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

GRÃOS/USDA: ANALISTAS ESPERAM REDUÇÃO NA PROJEÇÃO DE ESTOQUES DOS EUA

Analistas e traders consultados pela agência Dow Jones esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduza sua previsão para os estoques domésticos de soja no relatório de oferta e demanda que divulgará amanhã, às 11h30, pois a demanda para exportação permanece forte.
Em média, eles preveem que o USDA estimará os estoques finais de soja do país em 135 milhões de bushels (3,67 milhões de toneladas). Se a projeção estiver correta, os estoques seriam 5 milhões de bushels ou 3,6% menores do que a leitura feita pelo USDA em janeiro. As previsões dos analistas variaram de 105 a 150 milhões de bushels. A média dos estoques de passagem de soja nos últimos cinco anos é de 303 milhões de bushels
A maioria dos analistas concorda que um eventual corte nas estimativas de estoque será provocado por um aumento das exportações, mesmo que a demanda dos processadores de soja nos Estados Unidos seja mais fraca. O esmagamento de soja produz óleo de cozinha e ração animal.
"Uma forte exportação da safra antiga somada a mais sinais de processamento doméstico devem levantar a questão sobre como os Estados Unidos evitarão ficar sem soja antes da colheita da nova safra começar", disse o analista Bryce Knorr, da revista Farm Futures. A China é o maior importador de soja e a demanda tende a desacelerar no início de fevereiro, durante as celebrações do Ano Novo Lunar.
Atualmente, o USDA estima o aumento das exportações em 6% na comparação com 2009/10, mas Nelson avalia que os dados de embarque sugerem aumento de 10% nas exportações. Em janeiro, o USDA estimou as exportações 2010/11 em 1,590 bilhões de bushels (43,27 milhões de toneladas).
Anne Frick, analista da corretora Prudential Bache, avalia que a visão do USDA sobre as exportações atualmente é muito alta e a previsão para o processamento doméstico é muito baixa. A expectativa geral dos analistas é de que o USDA elevará sua estimativa para projeção da safra do Brasil e do mundo.
MILHO; ANALISTAS PREVEEM ESTOQUES MENORES E DEMANDA FORTE Analistas e traders consultados pela agência Dow Jones esperam redução nas estimativas de oferta de milho dos Estados Unidos no relatório mensal do governo americano.
No entanto, eles preveem que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) fará um ajuste pequeno na projeção dos estoques de passagem. Em média, os analistas avaliam que o governo estimará os estoques finais de milho do país em 736 milhões de bushels (18,7 milhões de toneladas).
Se a projeção estiver correta, os estoques serão um pouco inferiores à previsão divulgada em janeiro, de 745 milhões de bushels (18,92 milhões de toneladas) e bastante abaixo dos estoques finais do ciclo anterior, que somaram 1,708 bilhão de bushels (43,38 milhões de toneladas). As previsões individuais dos analistas ficaram entre 645 e 795 milhões de bushels. Apenas uma projeção foi menor do que 700 milhões de bushels.
A expectativa é de que os dados do USDA reflitam maior demanda por etanol, mas que pode ser compensada por uma queda nas exportações ou na demanda por milho para produção de rações. Mais de um terço da safra de milho dos Estados Unidos é usada na fabricação de etanol. "Não vimos uma desaceleração", comentou o presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose.
Roose elevou sua estimativa de consumo de milho para etanol em 25 milhões de bushels para o atuam ano-safra. O analista Jerry Gidel, da North America Risk Management Services, avalia que o aumento será ainda mais expressivo, de 50 milhões de bushels de milho para etanol.
TRIGO/USDA MANTERÁ PROJEÇÃO DE DEMANDA Traders e analistas consultados pela agência Dow Jones esperam que USDA mantenha sua projeção para as exportações de trigo no relatório mensal de oferta e demanda.
Segundo os observadores do mercado, mesmo com o recente aumento das compras de países do Oriente Médio e do Norte da África, o USDA deve aguardar para ver se a demanda permanece forte. No mês passado, aumentou a projeção das exportações em 4%, para 1,3 bilhão de bushels (35,38 milhões de toneladas). A previsão de janeiro já está quase 48% acima do ano anterior.
Em média, os analistas avaliam que o USDA estimará os estoques finais de trigo em 810 milhões de bushels (22,05 milhões de toneladas), 1% abaixo da previsão de janeiro. Mais da metade dos analistas consultados entende que não haverá mudanças em relação ao mês passado.
Traders observarão os sinais de oferta e exportação dos Estados Unidos, em meio a preocupações com os preços elevados dos alimentos."Depois de aumentar os dados de exportação no mês passado, não se espera mudanças na demanda por trigo dos Estados Unidos ou nos níveis dos estoques finais", disse o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services.
Os analistas entendem que o USDA pode reduzir a estimativa de produção da Austrália em 1 ou 2 milhões de toneladas em relação a janeiro, quando previu 25 milhões de toneladas. O motivo seria o excesso de chuvas no país. O governo australiano avalia a safra local em 26,8 milhões de toneladas, mas analistas consideram o número alto demais.
O analista Shawn McCambridge, da Prudential Bache, espera que o USDA eleve sua estimativa para a safra de trigo da Argentina em 500 mil a 1 milhão de toneladas ante o mês passado, quando previa 14 milhões de toneladas, alinhando-a às estimativas locais. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê 15 milhões de toneladas.

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