segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PERSPECTIVA: GRÃOS NA EXPECTATIVA DE DADOS DO USDA.

Os mercados futuros de soja e milho negociados na Bolsa de Chicago iniciam a semana sob as dúvidas em relação ao relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na quarta-feira. A expectativa é de mais uma redução nas previsões de estoques finais de ambos os grãos.
Analistas consultados pela Dow Jones preveem que o USDA vai reduzir sua estimativa de estoques finais de soja nesta temporada para 135 milhões de bushels, em comparação com previsão em janeiro de 140 milhões de bushels. Para o milho, a previsão é de 736 milhões, ante 745 milhões na estimativa anterior, já tida como os menores estoques em 15 anos, o que deixa o mercado sensível a qualquer sinal da demanda. "O USDA está tentando fazer um ajuste da demanda em doses homeopáticas. Ele está encurralado, porque sabe que não tem soja nos EUA, mas não pode colocar isso na sua planilha por medo de o mercado explodir. E o milho é a mesma coisa", avalia Vinicius Ito, da corretora Newedge.
O futuros da soja terminaram a sexta-feira sem direção comum, após uma semana de forte oscilação. Os contratos mais próximos sofreram pressão de um movimento de realização de lucros, enquanto a preocupação com a oferta sustentou os vencimentos mais distantes. O contrato março, de maior liquidez, recuou 2 centavos, ou 0,1%, para fechar cotado a US$ 14,3350 por bushel.
Já as cotações do milho encerraram a semana no maior nível em 30 meses na CBOT. O contrato com vencimento em março, o mais negociado, fechou com valorização de 16,0 centavos ou 2,42, cotado a US$ 6,7850 por bushel.
Além do USDA, traders discutem a demanda da Ásia depois que o Conselho de Grãos dos Estados Unidos, um grupo da indústria, projetou que a China vai importar até 9 milhões de toneladas de milho neste ano para abastecer os estoques. A estimativa está bastante acima daquela do USDA, que a avalia em 1 milhão de toneladas.
"Fala-se que o estoque de milho da China estaria próximo de 5% do uso, o que seria muito baixo. Esse é um tipo de venda que, se confirmada, diz que a China voltaria a ser um grande importador de milho como não se vê desde 1994", completou Ito.
Por sua vez, os preços futuros do trigo caíram na sexta-feira com preocupações de que os tumultos no Egito possam prejudicar a demanda no maior importador mundial do grão. Essas incertezas devem continuar influenciando o mercado nesta semana. Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março, os mais negociados, caíram 5,25 centavos, ou 0,61%, e fecharam a US$ 8,5375/bushel.

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