quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CBOT/SOJA SE RECUPERA POR PREOCUPAÇÃO COM OFERTA

Os futuros da soja recuperaram-se da perda inicial e fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago, com suporte da oferta apertada em meio a uma demanda robusta.
O contrato março, de maior liquidez, subiu 9,75 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 14,3425 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 11,50 centavos, ou 0,8%, para US$ 13,7750.
O mercado operou inicialmente em queda devido a temores de que a demanda da China pudesse recuar em meio às políticas governamentais para controlar a inflação. Entretanto, o mercado rapidamente deixou isso de lado, uma vez que a projeção de estoques em níveis precariamente baixos no final da temporada nos EUA e sinais de que o apetite da China não sofrerá alterações atraíram compradores, disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
A demanda da China, maior importador mundial da oleaginosa, ajudou a elevar os futuros para os maiores patamares em dois anos e meio devido às preocupações de que essa demanda estaria esgotando a oferta global.
Scoville acrescentou que o mercado ainda encontra suporte na necessidade de racionar o uso de soja e na batalha por área entre a oleaginosa e o milho nos EUA. Isso deve continuar a sustentar os preços até que se tenha uma ideia melhor sobre se os produtores norte-americanos conseguirão produzir o suficiente para reabastecer os estoques.
O mercado também operou na expectativa do relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) vai divulgará hoje.
Analistas e traders preveem que o USDA estimará os estoques finais de soja do país em 3,67 milhões de toneladas. Se a projeção estiver correta, os estoques seriam 5 milhões de bushels ou 3,6% menores do que a leitura feita pelo USDA em janeiro. As previsões dos analistas variaram de 105 a 150 milhões de bushels. A média dos estoques de passagem de soja nos últimos cinco anos é de 303 milhões de bushels.
A maioria dos analistas concorda que um eventual corte nas estimativas de estoque será provocado por um aumento das exportações. A forte demanda continua sendo um fator de sustentação ao mercado, limitando as quedas.
Entretanto, a possibilidade de uma safra recorde no Brasil e a estabilização da safra Argentina devido a chuvas oportunas limitaram os avanços.
Os produtos derivados também fecharam em alta, em linha com a soja, depois de terem sido negociados tanto em território negativo quanto positivo. O contrato março do óleo subiu 36 pontos, ou 0,6%, para encerrar a 58,77 centavos por libra-peso. O março do farelo ganhou US$ 3,30, ou 0,9%, para US$ 385,70 por tonelada.

MILHO FECHA ESTÁVEL APESAR DA PRESSÃO DOS JUROS NA CHINA
Os preços futuros do milho terminaram o dia quase estáveis na Bolsa de Chicago. A elevação da taxa de juros na China pressionou as cotações, mas houve um ajuste de posições dos traders antes do relatório de safra do governo norte-americano. Além disso, a valorização do trigo ajudou a limitar as perdas do milho. Os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, caíram 1,0 cent ou 0,15% e fecharam a US$ 6,7375/bushel.
O milho foi pressionado depois que o banco central da China afirmou, na terça-feira, que vai elevar as taxas de juros de depósito e empréstimo de referência em 0,25% com efeito a partir de quarta-feira, em seu mais novo movimento para apertar a liquidez e controlar a inflação.
O anúncio pesou sobre as commodities em geral durante a noite. Traders temem que a alta dos juros chineses possa afetar a economia do país e desacelerar as importações de produtos dos Estados Unidos. Os preços internacionais do milho estão no seu nível mais elevado desde o recorde de 2008 e traders estão ansiosos, pois qualquer notícia negativa pode provocar uma correção, segundo analistas.
Traders não esperam grandes mudanças nas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que saem nesta amanhã de quarta feira, mas há grandes chances de a agência do governo reduzir projeções de oferta e confirmar a menor oferta em 15 anos.

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