terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

GRÃOS/PARANÁ: CHUVAS PREOCUPAM E ATRASAM COLHEITA.

As chuvas que atingem o Paraná, segundo maior produtor nacional de soja, preocupam o produtor e já atrasam a colheita no Estado. Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado, a coleta da soja foi realizada até ontem em 1% da área prevista, contra média dos últimos três anos de 4%. "As chuvas vêm começando a atrapalhar um pouco a colheita de uma maneira geral no Estado. O atraso (nos trabalhos) se deve basicamente às chuvas", afirmou à Agência Estado a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, explicando que as cidades de Toledo e Cascavel são as mais avançadas, com respectivamente 3% e 1% das lavouras colhidas.
Do total da área estimada em 4,5 milhões de hectares, 95% das lavouras estão em condições consideradas boas e o restante em situação média. A estimativa do Deral é de uma produção no Estado de 13,8 milhões de toneladas.
Segundo dados da Climatempo Meteorologia, a semana começou com muita chuva na região de Maringá, no norte do Paraná, com precipitações que correspondem a quase metade da chuva normal para o mês de fevereiro.
A previsão é de que o Estado poderá acumular de 100 a 150 milímetros de chuva até domingo (13), o que representa quase toda a chuva média de fevereiro. As pancadas serão frequentes e tendem a se intensificar a partir de quinta-feira, quando outra frente fria avançará sobre o Sul do Brasil, de acordo com a Climatempo.
O excesso de umidade provoca preocupações também em relação ao surgimento de doenças. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem o Estado é o que registra o maior número de ocorrências de ferrugem, 233, contra 251 na mesma época da safra passada.
Comercialização - A negociação antecipada da safra 2010/11 de soja no Paraná atingiu 20% da produção até ontem, avanço de 1% em relação à semana anterior, segundo o levantamento do Deral.

MILHO; COLHEITA ATRASADA.
As chuvas que atingem o Paraná há dez dias têm prejudicado a colheita da safra de milho verão, estimada no Estado em 5,3 milhões de toneladas. Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, o produto foi retirado de apenas 0,3% da área, ante média de 7% nos últimos três anos. Neste ciclo, os paranaenses cultivaram 735 mil hectares com o cereal. "Boa parte da área está situada no centro-sul, região em que o plantio já acontece mais tardiamente. Além disso, há a dificuldade da chuva, que impede o produtor de retirar o produto do campo", diz Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Deral. A colheita do milho no Paraná se concentra, neste momento, em Cornélio Procópio, Francisco Beltrão e Londrina.
O plantio da segunda safra de milho (safrinha) também registra atraso em virtude do mau tempo. Conforme o Deral, o plantio aumentou um ponto porcentual na semana, atingindo 5% da área estimada em 1,5 milhão de hectares. A média dos últimos três anos para o período é de 11%. O atraso na safra de soja atrelado às chuvas dos últimos dias explica a situação, segundo Margorete. Caso a projeção de área se confirme, o Paraná deve produzir 6,6 milhões de toneladas de milho segunda safra. Em relação às vendas antecipadas de milho, o Deral informa avança um ponto porcentual na semana, chegando a 3% do total.
Muita chuva - Conforme Marco Antônio Santos, engenheiro agrônomo da Somar Meteorologia, nos primeiros oito dias de fevereiro choveu 100 milímetros na região centro-oeste do Estado, 50% a mais do que o normal para o período. Em janeiro, foram registrados 200 mm, de 30 mm a 50 mm acima da média. No centro-sul do Paraná, do começo de fevereiro até agora, foram registrados 50 mm de chuva, 10 mm a 20 mm a mais do que o normal para o período. Já em janeiro, a precipitação foi de 250 mm, 80 mm a mais a que média.

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