sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CBOT-SOJA-PREÇOS CEDEM COM PROJEÇÃO DE SAFRA MAIOR.

A projeção de aumento da produtividade nas lavouras de soja norte-americana pressionaram os preços futuros na bolsa de Chicago. Contudo a queda foi limitada porque os participantes acompanham com atenção as notícias sobre a síndrome da morte súbita, doença fúngica que pode provocar perda de rendimento das plantas.
O vencimento novembro, mais negociado, fechou com queda de 8,25 cents, ou 0,8% no dia, para US$ 10,04/bushel. O contrato setembro recuou 7,50 cents, ou 0,74%, para US$ 10,0925/bushel. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia.
Os preços recuaram diante da divulgação de relatório final da expedição promovida pelo grupo Professional Farmers of America (Pro Farmer) pelas principais regiões produtoras do Meio-Oeste americano, que apontaram aumento da produtividade em algumas lavouras do Meio-Oeste. O número alto obtido na contagem das vagens "enervou os participantes" e os encorajou a operar com a perspectiva de uma safra maior que o previsto inicialmente, disse à Dow Jones Dave Marshall, um consultor independente de Illinois.
A projeção da Pro Farmer, divulgada após o fechamento da bolsa, aponta para uma produtividade de 44,9 bushels por acre e uma safra de 95,26 milhões de toneladas. O número é maior que o estimado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de 93,430 milhões de toneladas e rendimento médio de 44 bushels por acre.
A perspectiva de chuva para Illinois, Indiana e Iowa nesta semana aumentou a pressão sobre a bolsa, porque podem a elevar ainda mais o potencial de produtividade da safra. Alguns participantes decidiram realizar lucros antes do fim de semana. Mesmo assim, ainda perdura a preocupação com os casos da doença de morte súbita, que segundo o patologista X.B. Yang da Iowa State University teria afetado cerca de 50% das lavouras de Iowa. Embora o porcentual seja considerado elevado para alguns traders do setor, "é uma preocupação legítima", afirmou Marshall.
O fechamento também foi em baixa nos produtos, diante desta projeção de safra recorde. As perdas no petróleo aumentaram a pressão sobre os futuros do óleo de soja. Os fundos venderam cerca de mil lotes de farelo e três mil lotes no óleo de soja.

MILHO REAGE COM EXPORTAÇÕES E TERMINA O DIA EM ALTA.
O mercado futuro de milho teve uma significativa valorização nesta sexta-feira na CBOT. A forte demanda para exportação do cereal americano e as preocupações com a safra do país permitiram que os preços encerrassem o pregão próximos às máximas. Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, subiram 7,0 cents ou 1,63% e fecharam a US$ 4,3625/bushel. Chegaram a alcançar US$ 4,3725/bushel.
As exportações relatadas ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mais as vendas informadas hoje deram suporte ao mercado, segundo analistas. Embora muitos esperem que a safra deste ano seja maior do que a anterior, que teve volume recorde, também acreditam que a demanda manterá ritmo semelhante. Isso se deve, em parte, à queda da produção na Rússia por causa da seca.
Mesmo com as perdas nos mercados de trigo e soja, o milho foi capaz de se manter com elevação. Traders afirmaram que os consumidores finais têm sido compradores ativos e que os fundos adquiriram cerca de 9 mil contratos hoje.
Segundo Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, o mercado ganhou força no fim da sessão, "na esteira das exportações relatadas antes da abertura e do nervosismo em torno do potencial de produtividade e, ainda, dos resultados (da expedição) do Pro Farmer Tour. O resultado final foi o de que os traders vendidos não quiseram ir para casa com suas posições durante o fim de semana".

O Professional Farmers of America (conhecido apenas como Pro Farmer) estimou que a safra de milho 2010/11 dos Estados
Unidos somará 337,56 milhões de toneladas, estimando a produtividade média das lavouras de milho de 164,1 bushels por acre. Em 12 de agosto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu que a safra de milho deste ano totalizará 3339,47 milhões de toneladas.

Um trader comentou que ficou "surpreso com a força no milho", diante da fraqueza de outros mercados. Ele disse que as compras de consumidores finais foram sólidas. Mas o analista John Kleist, da corretora Allendale, notou que boa parte das exportações foi da nova safra e poderá ser cancelada mais tarde. Ele chamou as compras de "uma corrida inspirada pela Rússia para cobertura dos importadores". Segundo Kleist, isso pode mudar rapidamente.

TRIGO: SAFRA MAIOR NO CANADÁ DERRUBA PREÇO E CBOT FECHA EM BAIXA.
Estimativas de que a produção de trigo do Canadá deve ajudar a compensar a quebra da safra russa pesaram hoje sobre o mercado americano do cereal, após dois dias de ganhos. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam a US$ 7,12/bushel, em baixa de 2,25 cents ou 0,32%. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento terminou estável a US$ 7,2025/bushel.
A agência nacional Statistics Canada afirmou projetar que a safra de trigo 2010/11 do país somará 22,7 milhões de toneladas, acima das expectativas do mercado e 2,2 milhões maior do que a perspectiva do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A estimativa pressionou os futuros de trigo dos Estados Unidos, pois o Canadá é tradicionalmente um importante exportador no mercado internacional. No ano passado, a Rússia foi o terceiro maior exportador, de modo que o Canadá poderia ocupar parte do mercado com sua oferta. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil contratos hoje, na CBOT.
Além disso, o Ministério da Agricultura da Rússia afirmou hoje que não tem planos de importar grãos neste ano, contrariando os rumores levantados ontem sobre a eventual necessidade de que os russos tivessem de comprar. Traders adotaram postura cautelosa diante deste anúncio. Mas, segundo o analista independente Dave Marshall, "o fato de que os russos parecem não poder cumprir os contratos de venda já firmados provavelmente está nos dizendo que eles vão importar, e não nega essa possibilidade".

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