quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SOJA FECHA EM BAIXA COM AUSÊNCIA NOS FUNDAMENTOS.

A combinação da perspectiva de uma safra recorde nos Estados Unidos e a ausência de novidades altistas do lado dos fundamentos pressionaram o mercado futuro da soja hoje na bolsa de Chicago, levando os contratos a fechar em território negativo. O vencimento mais próximo, base setembro, encerrou com queda de 18,50 cents, ou 1,8% no dia, para US$ 10,1675/bushel. A posição mais líquida, novembro, também recuou 18,50 cents, ou 1,8%, para US$ 10,1225/bushel. Os fundos especulativos venderam cerca de cinco mil lotes.
Depois de operar nos níveis mais altos por uma semana, e sem novidades do lado dos fundamentos para estender os ganhos, os traders optaram por reduzir a exposição ao risco e decidiram cobrir suas posições compradas na bolsa, afirmou Tim Hannagan, analista da P.F.G. Best in Chicago. Não há dúvida de que a soja está sendo fortemente demandada, mas estas notícias já puxaram os contratos para os maiores níveis do ano há duas semanas, disse Hannagan.
As exportações semanais apenas confirmaram os negócios previamente reportados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ao longo das últimas semanas e já foram precificados. Os traders carecem de novas notícias para estender os ganhos. O relatório semanal do USDA apontou vendas de 2,231 milhões de toneladas da safra 2010/11 para a semana encerrada em 12 de agosto. Os analistas projetavam vendas entre 1,2 e 2,5 milhões de t.
Para Hannagan, apesar da queda de 2% no dia, os futuros da soja ainda não têm notícias suficientemente baixistas para mudar o sentimento do mercado. A incerteza sobre a produtividade das lavouras e a produção, em meio aos anúncios de casos de morte súbita nas lavouras de Illinois e Iowa, ainda podem manter um piso para o mercado acrescentou. A doença fúngica provoca forte quebra na produtividade. Mesmo assim, os traders esperam que o mercado permaneça em período de consolidação, com traders realizando vendas nos momentos de alta e compras nas baixas do mercado até que o cenário de produtividade e demanda fique mais claro no mercado.
Os futuros do óleo e farelo também sucumbiram, seguindo a influência baixista da soja, a fraqueza dos mercados globais de óleos vegetais e a queda do petróleo. O óleo recuou para mínima de duas semanas.

MILHO FECHA EM BAIXA APESAR DE BOA DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO
Os preços futuros do milho caíram hoje na Bolsa de Chicago. O mercado não encontrou sustentação para manter os avanços registrados no início do dia, apesar das exportações na semana terem sido significativas. Segundo analistas, o mercado não foi surpreendido. Posição mais líquida, o contrato dezembro fechou com desvalorização de 4,0 cents ou 0,92%, cotado a US$ 4,2925/bushel.
A falta de habilidade do mercado em atrair compras agressivas, mesmo diante de fortes exportações na semana e dos relatos de produtividade menor do que se esperava, resultou em liquidação de posições compradas.
O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, declarou que há relatos de que as condições das lavouras de milho variam de região para região no Meio-Oeste dos Estados Unidos, mas que isso não é suficiente para fazer com que o mercado deixe de acreditar numa safra recorde. Ele acrescentou que as exportações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) puxaram os preços no início do dia. Mas as vendas eram esperadas, pois o mercado precisava de algo novo para atrair compradores, de acordo com McCambridge.
McCambrige explicou que o mercado está lidando com notícias altistas que já haviam impulsionado as cotações anteriormente. A queda da produtividade observada agora é apenas uma confirmação da expectativa dos traders, que foi demonstrada quando o USDA divulgou suas estimativas mensais.
A alta do trigo ajudou a sustentar o milho, mas traders não quiseram esticar os ganhos iniciais sem uma novidade nos fundamentos, especialmente com os preços perto das máximas.
Estima-se que fundos tenham comprado 10 mil contratos de milho hoje. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do milho em Chicago.

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