segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SOJA: PERDAS NO TRIGO E CLIMA FAVORÁVEL NOS EUA DERRUBARAM GRÃOS.

A mudança no padrão climático, com condições mais favoráveis no Meio-Oeste, e as perdas no trigo pressionaram os futuros da soja hoje na bolsa de Chicago. O vencimento mais próximo, base setembro, fechou com queda de 9,50 cents, ou 0,9%, para US$ 10,34/bushel. A posição mais líquida, base novembro, encerrou com baixa de 12,50 cents, ou 1,2%, para US$ 10,3150/bushel. Estima-se que fundos venderam cerca de quatro mil lotes no dia.
Os contratos da soja vinham operando em alta, sustentados pelos ganhos recentes do trigo, a firme demanda exportadora e o receio de queda de produtividade nas lavouras da região do Delta do Mississippi, por conta do calor excessivo. "O impacto da forte queda do trigo se alastrou pelos mercados do milho e da soja, plantando firmemente os dois produtos em território negativo", disse Bill Nelson, analista de Saint Louis.
A previsão de chuvas nas áreas devastadas pela seca extrema na Rússia pesaram sobre o sentimento altista do mercado de trigo. Além disso, a perspectiva de clima mais favorável com temperaturas mais amenas nas áreas de cultivo da soja nos Estados Unidos contribuiu para tirar a pressão fundamental deste mercado, acrescentou Nelson.
O serviço climático T-storm Weather LLC prevê temperaturas mais baixas nos próximos dois ou três dias. Há previsões de tempestades nas áreas central e sul das Grandes Planícies. O clima mais quente tende a retornar a partir de quinta-feira e perdurar até a próxima semana.
A pressão de baixa só não foi maior por causa da forte demanda exportadora. "As compras da China estão se tornando rotina", observou Nelson. Contabilizando os anúncios feitos pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) desde 20 de julho, as vendas para entrega em 2010/11 totalizam 2,906 milhões de toneladas.
As lavouras de soja passam pela fase final de desenvolvimento das lavouras, em agosto, período de enchimento dos grãos, o que ajuda a limitar as perdas. Traders também estão tentando avaliar a extensão do impacto de inundações em Iowa e dos casos reportados de síndrome da morte súbita também no Estado, observam analistas do mercado.
Nos produtos, o movimento foi de baixa no dia, liderado pela perda da soja. O óleo devolveu os fortes ganhos de sexta-feira, corrigindo a disparidade com o farelo. Números acima do esperado nos estoques do produto, apontados pelo relatório da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, sigla em inglês) pesou sobre o mercado, ressalta Nelson. O vencimento dezembro perdeu 107 pontos, ou 2,5%, para 42,07 cents/lb. Os fundos especulativos venderam cerca de três mil lotes no dia. O farelo dezembro recuou 0,4% no dia, ou US$ 1,30, para US$ 295,40/t.

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