quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SOJA FECHA EM BAIXA PRESSIONADO POR FUNDAMENTOS.

Os preços futuros da soja encerraram em baixa nesta quarta-feira na bolsa de Chicago pressionados pela decisão dos traders de diminuir a exposição ao risco nos mercados de commodities. A ausência de ameaças climáticas, o bom ritmo de desenvolvimento das lavouras e a melhora no cenário de safra contribuíram para pressionar o mercado.
O vencimento setembro recuou 10 cents, ou 1%, para US$ 10,3525/bushel. A posição mais líquida, base novembro, perdeu 1,1% no dia, ou 11,25 cents, e terminou a US$ 10,3075/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de cinco mil lotes.
"É difícil encontrar razão para manter o prêmio climático com os preços em níveis tão altos diante da projeção de uma safra recorde de soja nos Estados Unidos em 2010", disse à Dow Jones Chad Henderson, analista da Prime Ag Consulting, de Brookfield, Wisconsin.
Os relatórios das expedições em áreas de produção mostram formação consistente das vagens, acima das marcas registradas um ano atrás e da média dos últimos cinco anos. O firme ritmo de desenvolvimento das plantas diminui a necessidade de acrescentar o prêmio de risco no mercado neste período de outono no hemisfério norte, observa Henderson. Há rumores no mercado de que algumas lavouras do Meio-Oeste estarão prontas para o início da colheita no início de setembro, Henderson acrescentou.
Sem a dose diária de compras da China, os preços futuros sucumbiram. Mesmo assim, a perda é limitada pelos registros de doenças que podem afetar a produtividade. A incerteza ainda é suficiente para manter um piso para o mercado. Alguns analistas foram surpreendidos pelos dados apurados nas contagem dos grãos nas vagens. "Será surpreendente se a contagem dos grãos não for maior que no ano passado", afirmou Bill Nelson, analista da Doane Advisory Service. O acompanhamento da expedição Pro Farmer, em Indiana, apontou aumento do número de grãos por plantas em relação ao ano passado.
O relatório de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) havia apontado que 83% das lavouras já haviam formado vagens no estado, ante 58% em mesmo período do ano passado. "Como não seria maior (o rendimento)?, questiona Nelson.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O óleo de soja recuou diante da perspectiva de ampla oferta e redução da demanda. A fraqueza inicial do petróleo ajudou a empurrar os contratos para o território negativo, segundo analistas. Os farelos fecharam em alta, beneficiados por operações de arbitragem com o óleo.

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