segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SOJA- INFORMATIVO SEMANAL CÉLERES.

3º acompanhamento de safra: ajustes foram realizados para o número de intenção de plantio da safra 2010/11 No 3º acompanhamento mensal da safra 2010/11, ajustes pontuais foram efetuados para as estimativas de intenção de área semeada, o que impactou em incremento na estimativa de produção. Os principais números deste acompanhamento são:
Área: Intenção de plantio de 23.616 mil ha, 1,2% a menos do que o estimado no acompanhamento anterior;
Produtividade: Estimativa de produtividade em 2.926 kg/ha, valor este fixo pelo menos até o final do ano e início de janeiro, quando os dados começam a contar com pesquisa de campo;
Produção: Estimativa de produção de 69.096 mil tons, 1,8% acima do reportado nos relatórios de agosto e outubro/10. Em relação ao ano passado, a atual estimativa registra crescimento de 0,9% para a safra 2010/11.
As únicas alterações realizadas até o momento, em relação ao relatório do mês passado, se deram para as estimativas de plantio no estado de Mato Grosso (+322 mil ha) e Goiás (+102 mil ha), onde os trabalhos de plantio estão começando e produtor já tem um pouco mais de certeza quanto ao volume a cultiva na safra 2010/11.
Chuvas afastam temporariamente a preocupação com clima seco, mas produtor ainda aguarda com cautela a recomposição da umidade no solo
No final de setembro/10, as chuvas voltaram a molhar o solo das principais regiões produtoras de soja no Brasil, o que aliviou parte das preocupações com a seca no início da janela de cultivo da nova safra.
Todavia, uma informação importante a ser acompanhada pelo produtor rural refere-se ao armazenamento de água no solo. Através de pesquisas, constatamos que para que se iniciem os trabalhos de plantio da soja, é recomendável que o solo tenha armazenado, em média, de 60 a 90 milímetros de água.
Portanto, não basta aguardar por um dia dechuva dentro desse volume e começar o cultivo da soja, pede-se que o produtor espere entorno de três dias com chuvas nesse patamar de precipitação.
No mapa do Balanço de Água no Solo, do Centro de Previsão de Tempo e Estados Climáticos (CPTEC/INPE), observa-se as principais informações reunidas quanto à disponibilidade de umidade no solo. Mesmo com as recentes chuvas, as informações acima mostram que ainda há um déficit de umidade no solo principalmente no estado de Mato Grosso – maior produtor nacional de soja e o primeiro a começar os trabalhos de plantio –, com volume de água no solo abaixo de 60 mm. Mesmo nessa situação, alguns produtores já começaram a plantar soja no estado, porém o volume total não chega a 1%.
Visto nesse contexto, acreditamos que o plantio da safra 2010/11 deve reportar atraso na média nacional de pelo menos de uma semana. Todavia, até o momento tal informação não gera tanto alarde em decorrência do alto padrão tecnológico utilizado pelos produtores no processo de semeadura.
Ritmo de comercialização da safra velha registrou 91% e estima-se que 19% da projeção de produção já tenha compromisso de venda.
No mais recente acompanhamento de evolução das vendas da produção de soja no Brasil, realizado pela Céleres®, estimou-se que 91% da safra velha já tenha sido comercializada, ante 90% da semana passada e 93% do ano anterior.
Quanto às vendas da nova safra de soja, a recente tendência de alta nos preços domésticos do produto resultou em maior volume de venda. Desta forma, até agora os produtores já venderam 19% da atual estimativa de produção para a campanha 2010/11.
Internacional Na semana passada, as cotações internacionais da soja negociada na Bolsa de Chicago, perderam o patamar de US$ 11,00/bushel. Os contratos futuros com referencia para a próxima safra sulamericana foram os que menos caíram, por conta das incertezas quanto ao comportamento climático neste continente.
No curto prazo, a posição Novembro/10 terminou a semana valendo US$ 10,57/bushel, com queda de 69 pontos em relação à semana anterior. Contudo, no intervalo de trinta dias ainda apresenta ganho de 51,5 pontos.
A cotação futura da posição Maio/11 registrou queda 65,75 pontos no ínterim de uma semana, terminando os negócios da última sexta-feira a US$ 10,78¼/bushel – um dos contratos que tiveram o fechamento mais próximo do patamar de US$ 11,00/bushel.
Os principais fundamentos quedirecionaram as cotações externas da soja, em Chicago, foram: declínio dos preços de milho (estoques acima do esperado pelo mercado), ritmo acelerado dos trabalhos de colheita da soja nos EUA, volta das chuvas no Brasil e fuga de capital especulativo de origem financeira. A demanda firme, por parte da China, é o fator que ainda atua na inibição de maiores retrações nos preços internacionais da soja.
Doméstico
Em linha com as perdas registradas para as cotações externas, os preços da saca de soja reportaram queda ao final da semana precedente. A variável que deu suporte para os preços internos foi o prêmio de exportação, o qual já aponta ágio próximo de US$ 1,00/bushel para março/11.
Em pesquisa, observou-se que os preços da soja no mercado disponível terminaram a semana com queda de 0,4% em reais. Em relação ao intervalo de trinta dias, as cotações do produto ganho de 4,4%.
Quanto às cotações dos prêmios de exportação, até a última sexta-feira, verificou-se ágio sobre as cotações de Chicago. Para a venda em março/11, o prêmio sobre Chicago ficou em US$ 0,90/bushel.
A nossa leitura da estratégia de comercialização da soja permanece inalterada em relação à semana anterior.
Para os estoques da safra velha, entendemos que a despeito do recuou observado nesta semana em Chicago, existem condições para que os preços se sustentem no mercado interno até a entrada da próxima safra. Assim, as vendas dos eventuais saldos remanescentes devem ser feitas de forma cautelosa, apenas para suprir capital de giro para o curto prazo.
Para os negócios antecipados da safra nova, entendemos que existem condições de mercado para a sustentação das cotações num patamar próximo, ou mesmo ligeiramente acima dos US$ 11/bushel, com base nos vencimentos março e maio de 2011. Assim, as vendas antecipadas devem ser feitas com base nesse patamar de preços.
A nossa maior preocupação para as vendas antecipadas é o atual movimento de fortalecimento do Real, o que nos leva a recomendar aos produtores que optem firmemente por travar preços para a safra em Reais e não em dólares. Em não havendo a possibilidade de travar em Reais, é imprescindível lançar mão de ferramentas de proteção contra a atual tendência de queda do Dólar no mercado interno.
Em última instância, vale a máxima de manter a relação de paridade de moedas entre os compromissos e as receitas. Na essência, não importa muito vender em dólares ou reais. O que importa é que a moeda da receita esteja compatível com o montante de dívidas, e na mesma moeda.

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