sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MILHO DISPARA 6,02% SURPREENDIDO POR DADOS DO USDA.

As cotações do milho na Bolsa de Chicago trabalham no limite de alta nesta sexta-feira, após o governo ter divulgado o que traders chamaram de uma redução escandalosa na projeção da safra 2010/11. O contrato dezembro tem variação positiva de 30 cents, ou 6,02%, negociado a US$ 5,2825 por bushel. Traders disseram que, no mercado de balcão, o mesmo vencimento subia 10%, para cerca de US$ 5,50 por bushel. Segundo analistas, o nível de US$ 6 por bushel será a próxima meta dos investidores altistas.
"É um balanço muito apertado com o qual agora temos que conviver por um longo período", afirmou Sal Gilbertie, principal gestor do Teucrium Corn Fund. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produtividade nacional do milho em 155,8 bushels por acre, bem abaixo dos 162,5 bushels por acre previstos no mês passado e da estimativa média de analistas de 159,9 bushels por acre. Em 2009, a produtividade atingiu um recorde de 164,7 bushels por acre.
Embora muitos traders esperassem que a safra pudesse recuar para 155 bushels por acre, quase ninguém previa que o USDA fizesse um ajuste para baixo tão agressivo e tão cedo. "Surpresa pode ser pouco", disse Jason Britt, presidente da Central State Commodities, uma corretora no Kansas. "É muito incomum da parte do USDA reduzir tanto a produtividade do milho." O departamento projetou a produção final do grão em 12,664 bilhões de bushels, ante 13,160 bilhões de bushels no relatório de setembro. O volume previsto também é inferior à expectativa média de analistas de 12,95 bilhões de bushels.
O governo previa uma safra recorde há poucos meses, mas os produtores pareciam amplamente decepcionados com os resultados da colheita. A safra enfrentou problemas com chuvas excessivas no início da temporada, que levaram embora as ofertas de nitrogênio (nutriente crucial), e também foram prejudicadas por temperaturas anormalmente quentes durante as noites de todo o verão.
Ainda que a estimativa da produção, se concretizada, será a terceira maior já registrada, os estoques finais em 2010/11 são projetados em 902 milhões de bushels, ante previsão média de analistas de 1,148 bilhão de bushels e bem abaixo dos 1,708 bilhão de bushels apurados em 2009/10.
Britt afirmou que os dados podem repercutir de outras formas na demanda, observando que o governo ainda precisa se pronunciar sobre uma proposta de elevar a mistura de etanol na gasolina de 10% para 15%. "Isso [o relatório] pode intensificar o debate acerca da elevação das misturas e de 'alimento versus combustível'", disse ele.

PREÇO ATINGIRÁ US$ 6,00 bu DIZ MORGAN STANLEY
O relatório divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pode ajudar a puxar os preços do milho até US$ 6/bushel na Bolsa de Chicago (CBOT), avalia o banco Morgan Stanley, acrescentando que esse movimento pode fortalecer também o mercado de soja.
A expectativa é de que a relação entre consumo e estoques no ano que vem seja a menor desde 1996, "enfatizando a necessidade de os preços se moverem até US$ 6, para racionar a demanda". O banco afirmou que, embora os estoques de soja não estejam tão apertados quanto estiveram no ano comercial que acabou de terminar, ele continua "acreditando que a soja seguirá o caminho do milho".

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