sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SOJA FECHA NO LIMITE DE ALTA .

As cotações da soja dispararam na Chicago Board Of Trade (CBOT) e fecharam no limite de alta permitido pela instituição depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu e reduziu a estimativa de produtividade das lavouras do país. O contrato novembro subiu 70 cents (6,57%), a US$ 11,35/bushel.
A estimativa da produção 2010/11 caiu de 3,483 bilhões de bushels (94,80 milhões de t) para 3,408 bilhões de bushels (92,76 milhões de toneladas), graças à queda na produtividade, que passou de 44,7 bushels por acre para 44,4 bushels por acre. A área colhida também diminuiu, de 78 milhões para 76,8 milhões de acres.
As exportações foram elevadas de 1,485 bilhão de bushels (40,42 milhões de t) para 1,52 bilhão de bushels (41,37 milhões de t). Os estoques finais foram reduzidas de 350 milhões de bushels (9,526 milhões de t) para 265 milhões de bushels (7,212 milhões de t).
"A revisão do USDA potencializa uma situação de aperto no mercado de soja neste ano", disse Anne Frick, analista sênior de oleaginosas da Prudential Bache, em New York. "Os estoques finais parecem muito pequenos, e as exportações abrem a possibilidade de eles ficarem próximos aos de 2009/10", avaliou, lembrando que na safra anterior restaram apenas 151 milhões bushels armazenados de soja no país.
Para ela, esta será outra safra como a de 2008/09, quando o mercado ficou dependente de uma boa safra na América do Sul e houve uma disputa de área entre milho e soja nos Estados Unidos. Para Frick, o a oleaginosa não pode perder muita área nos EUA em 2011 ou registrar uma quebra de produção no Brasil e na Argentina. "É difícil levar em conta estoques acima de 100 milhões de bushels diante da forte demanda global por soja e do atual balanço da safra nos EUA", disse a analista. O mercado não apenas subiu por causa de seus próprios fundamentos, mas também levado pela inédita revisão na produtividade do milho.
O USDA não costuma fazer um corte tão grande uma só vez, no caso de 162,5 bushels por acre, para 155,8 bushels. "A soja está agora atada a uma batalha por área com o milho, e se as lavouras forem reduzidas o mercado ficará numa situação pior", considerou Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale Inc..
Para traders, o relatório terá impacto no longo prazo. Produtores de todo o Meio-Oeste tomarão suas decisões de plantio em 2011 com base nos preços em Chicago. Nelson acredita que a cotação vai chegar, no mínimo, a US$ 12 por bushel na próxima semana.

MILHO SOBE FORTE COM USDA. 
As cotações do milho dispararam nesta sexta-feira e terminaram no limite de alta da Bolsa de Chicago (CBOT), com a divulgação do relatório do governo, considerado bastante altista por estimar produtividade menor do que se esperava. Traders disseram que o mercado deve continuar avançando na segunda-feira. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, subiram 30,0 cents ou 6,02% e fecharam a US$ 5,2825/bushel.
O rali foi despertado pelos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indicando redução de 4% na estimativa de produtividade, para 155,8 bushels por acre. O USDA prevê que a relação entre estoques e consumo no ano que vem será a menor em 15 anos.
O Rabobank afirmou que "os dados provavelmente terão uma resposta altista do mercado, que provavelmente arrastará o complexo (de grãos) hoje e nas próximas semanas". Analistas avaliam que o mercado terá de racionar a demanda para evitar uma crise de oferta. No prazo mais longo, os preços altos são necessários para estimular o plantio em 2011, afirmaram. Isso deve dar suporte ao milho, à soja e ao trigo, de acordo com esses analistas.
Traders acreditam que as cotações provavelmente saltarão na segunda-feira. O limite de variação será expandido para 45 cents. Muitos analistas divulgaram relatórios prevendo que os preços atingirão US$ 6/bushel ou mais. Segundo o analista Hussein Allidina, do banco Morgan Stanley, há uma "necessidade de os preços se moverem até US$ 6, para racionar a demanda".
O relatório do USDA reverteu o sentimento causado pelos números trimestrais de estoques divulgados recentemente e que indicaram elevação de 20% nos estoques finais 2009/10. Um trader declarou que muitos participantes do mercado ficaram nervosos com a alternância das estimativas de oferta do governo. Muitos traders detinham posições compradas e saíram do mercado.

TRIGO DISPARA 9,1% NA ESTEIRA DO MILHO.
Os preços futuros do trigo atingiram hoje o limite de alta no mercado americano, acompanhando a forte valorização do milho por causa dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A expectativa de oferta apertada de grãos despertou o movimento.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em dezembro dispararam 60,0 cents ou 9,10% e fecharam a US$ 7,1925/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento saltou 59,0 cents ou 8,43% e encerrou a US$ 7,5850/bushel.
Os mercados de milho e trigo estão relacionados por ambos os cereais são usados como alimentação animal. Portanto, com menos oferta de milho, pode aumentar a demanda por trigo. "Vemos que o trigo continua seguindo o milho, apesar de o milho ter um desempenho melhor", comentou Hussein Allidina, diretor de pesquisa em commodities do banco Morgan Stanley.

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