terça-feira, 5 de outubro de 2010

CHICAGO: MILHO DISPARA 3%; SOJA E TRIGO TÊM GANHOS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem forte alta nesta terça-feira, dando continuidade ao desempenho observado no pregão eletrônico. Boas influências externas atraem interesse de compras ao complexo de commodities, disseram analistas. Um dólar acentuadamente mais baixo e a máxima recorde atingida pelo ouro provocam ganhos generalizados nos mercados de grãos e oleaginosas, acrescentaram as fontes.
Entre outras notícias positivas, a China comprou 225 mil toneladas de soja norte-americana, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, preocupações com a previsão de um clima seco no Brasil também encorajam compras. Os produtos derivados da oleaginosa também avançam. O contrato novembro sobe 17,50 cents, ou 1,66%, para US$ 10,7150 por bushel.
O milho disparou mais de 3%, estendendo o movimento de recuperação iniciado ontem, após ter caído quase 11% na última semana.
Traders aguardam o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve mostrar uma estimativa de produção menor que a do mês passado. A fraqueza do dólar e a alta dos mercados vizinhos também beneficiam o milho, informou um analista. Há pouco, o contrato dezembro ganhava 16 cents, ou 3,66%, cotado a US$ 4,87 50 por bushel.
O trigo opera em território positivo nesta terça-feira, interrompendo uma série de perdas de seis dias, após ter atingido o menor patamar em dois meses na véspera. A valorização do milho também impulsiona o trigo, segundo traders. Na CBOT, o contrato dezembro subia 16,75 cents, ou 2,59%, para US$ 6,64 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo vencimento avançava 19 cents, ou 2,78%, negociado a US$ 7,02 por bushel.

TRIGO: MERCADO GLOBAL DEVE EXIBIR DÉFICIT DE 18 MILHÕES TONS.
Os mercados mundiais do trigo devem enfrentar um déficit de ofertas de 18 milhões de toneladas em 2010/11, à medida que o aumento dos preços globais não é capaz de frear a demanda, mostraram dados divulgados hoje pela Autoridade de Cultivo Local de Cereais do Reino Unido (HGCA, na sigla em inglês).
A produção mundial de trigo deve cair para 643 milhões de toneladas, queda de 29 milhões de toneladas frente à previsão anterior, enquanto a demanda deve continuar relativamente robusta em 661 milhões de toneladas, disse Jack Watts, analista sênior da entidade, durante uma conferência em Londres.
Contudo, significativos estoques globais - particularmente nos Estados Unidos, que detêm 13% da oferta mundial - devem atenuar o déficit deste ano e evitar uma repetição da crise ocorrida em 2007/08, explicou Watts. A proibição dos embarques de grãos pela Rússia e problemas climáticos em outros países exportadores conduziram os preços dos alimentos em setembro para o nível mais alto em 25 anos, de acordo com o índice medido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).
"No papel, ao menos os Estados Unidos podem lidar com esta demanda, mas não sabemos quanto mudou a logística" desde 2007, quando o país intensificou as exportações para minimizar os efeitos de uma escassa produção global, afirmou ele. Em 2010/11, os Estados Unidos também devem elevar os embarques para compensar um déficit mundial de ofertas, mas o comércio internacional, em geral, deve recuar 7 milhões de toneladas, para 119 milhões de toneladas.
O recente avanço dos preços do trigo - o cereal saltou para as máximas em quase dois anos e meio na Bolsa de Paris em setembro - também tornou as exportações norte-americanas mais competitivas no cenário mundial, apesar de sofrerem uma desvantagem de US$ 12 relacionada às taxas de frete, segundo Watts.

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