quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ARGENTINA: CHUVA AMENIZA ESTIAGEM MAS PRODUÇÃO DEVE CAIR.

As chuvas dos últimos dias em regiões produtoras de soja e de milho da Argentina aliviaram os efeitos da forte estiagem, mas tanto o governo quanto especialistas do setor privado mantêm suas previsões de queda no volume a ser colhido. O fenômeno climático La Niña reduziu o volume de chuva e comprometeu a umidade do solo necessária para o desenvolvimento dos cultivos, trazendo preocupação para produtores e exportadores. A Argentina é o principal exportador mundial de farelo e óleo de soja, o terceiro em soja em grão e o segundo em milho.
"As chuvas produziram um pequeno alívio, mas os rendimentos da safra 2010/11 já estão comprometidos e ficarão abaixo no normal", disse o diretor da consultoria de Climatologia Aplicada, José Luis Aiello. Segundo ele, cerca de 40% da área com soja se encontra em uma "situação complicada", enquanto que entre 30% a 35% das lavouras de milho foram afetadas. "A quantidade de água que caiu foi insuficiente para favorecer o plantio porque não cobriu o volume necessário para uma recomposição adequada dos solos", ressaltou Aiello. Ele disse que as regiões produtoras requerem entre 100 a 130 milímetros de água nesta época do ano, mas as zonas mais carentes tiveram precipitações de aproximadamente 20 a 50 milímetros.
O Ministério de Agricultura disse acreditar que as chuvas permitirão que a implantação de soja atinja 18,5 milhões de hectares, pouco abaixo da projeção inicial de 18,7 milhões de hectares. O governo ainda mantém a projeção de 52 milhões de t de soja, conforme estimativas lançadas no início da safra. Porém, o subsecretário de Agricultura, Oscar Solís, já reconheceu que o milho deve chegar a apenas 20 milhões de t, bem distante dos 26 milhões de t projetados anteriormente.

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