quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ETANOL/EUA: SENADORES QUESTIONAM MISTURA NA GASOLINA.

Senadores dos Estados Unidos enviaram uma carta à Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), manifestando-se contrariamente à recente decisão do governo de autorizar uma mistura maior de etanol na gasolina.
Os senadores Susan Collins (Partido Republicano, de Maine), Benjamin Cardin (Republicano, de Maryland), James Inhofe (Republicano, de Oklahoma) e outros afirmam que o etanol pode danificar os motores não adaptados a essa mudança e pedem à EPA que reconsidere a medida adotada em outubro de 2010, que permitiu a elevação da mistura de 10% para 15% de etanol na gasolina, para veículos fabricados a partir de 2007.
Nos próximos dias, a EPA deve decidir se permite a mistura com 15% de etanol (E15) para carros fabricados a partir de 2001. Mesmo assim, a elevação permanece proibida para os veículos mais antigos.
Os senadores alegam que há 200 milhões de motores nos Estados Unidos - inclusive barcos, motosserras e outros equipamentos não usados para transporte - e que não podem funcionar com mais etanol. "Problemas ou mal funcionamento de motores em aviões, embarcações e ferramentas de energia colocam os consumidores em risco considerável", diz a carta.
Produtores de etanol acreditam que os consumidores serão capazes de distinguir entre diferentes misturas e usar o combustível apropriado para seus veículos. No início desta semana, foi desenvolvida uma etiqueta de alerta para bombas de gasolina.
Segundo a porta-voz do grupo de lobby dos produtores Growth Energy, Stephanie Dreyer, "se houver qualquer oposição à validade do E15 neste momento, podemos apresentar os testes". Ela afirma que "a EPA não está tomando essa decisão levianamente".
De qualquer forma, há uma crescente oposição aos níveis atuais de etanol na gasolina. Petroleiras, fabricantes de veículos e refinarias recorreram à Justiça para reverter a regra da EPA. O questionamento mais recente ocorreu no início desta semana, quando a Associação Nacional de Petroquímica e Refinarias desafiou o E15 nos tribunais.
Muitas companhias de alimentos também são contrárias ao E15. Como o milho é a principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos, grupos da indústria afirmam que o aumento da demanda pelo combustível impulsiona a cotação do milho e, consequentemente, os preços dos alimentos.

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