quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

GRÃOS/CHICAGO VOLTA A SE PREOCUPAR COM ARGENTINA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago recuperaram-se ontem após dois dias de queda, uma vez que os traders continuam preocupados com o clima desfavorável na Argentina, importante exportador da oleaginosa.
O contrato janeiro, mais próximo, fechou com alta de 25 centavos, ou 1,8%, cotado a US$ 13,86 por bushel, máxima de três dias. O março, de maior liquidez, subiu 24 centavos, ou 1,8%, para US$ 13,9350 por bushel. No dia 31 de dezembro, o mercado fechou a US$ 13,9375, maior nível desde 31 de julho de 2008.
O mercado se recuperou depois que as vendas generalizadas durante a sessão de terça feira fizeram os preços cair 3,5% ante a máxima de segunda-feira, disseram analistas. Os futuros da soja avançaram recentemente devido às compras recordes da China, o maior importador mundial, e às preocupações com a Argentina, terceiro maior exportador."O milho e a soja sofreram um pouco com um exagero na realização de lucros", disse Sean McGillivrat, vice-presidente da Great Pacific Trading Company.
O panorama a longo prazo para a soja é "bastante altista" devido à forte demanda global e às preocupações com a oferta, disse Anne Frick, analista da Prudential Bache. A estiagem nas áreas produtoras de soja da Argentina parece ter sido positiva para os preços hoje, disse ela.
Leves chuvas em algumas regiões de soja e milho da Argentina nos próximos dias provavelmente não serão suficientes para aliviar a estiagem, de acordo com a Telvent DTN.
Os futuros da soja alcançaram o recorde acima de US$ 16,50 por bushel em julho de 2008, quando o mercado foi afetado por problemas na América do Sul aliados a preocupações climáticas nos EUA, o maior exportador mundial.
Os derivados da soja também subiram em linha com a soja, em recuperação após o recuo recente. O contrato março do farelo avançou US$ 5,20, ou 1,4%, para fechar cotado a US$ 373 por tonelada. O março do óleo ganhou 91 pontos, ou 1,6%, para 57,76 centavos por libra-peso.

MILHO CHICAGO SEGUE E FECHA COM VALORIZAÇÃO
Os preços futuros do milho saltaram nesta quarta-feira, com suporte do mercado de soja, que avançou com preocupações relacionadas ao clima na América do Sul. Os contratos mais líquidos, com vencimento em março, fecharam com valorização de 10,75 cents ou 1,77%, cotados a US$ 6,1925/bushel.
Previsões do tempo indicam clima seco na Argentina nos próximos sete a dez dias. Isso puxou as cotações da soja e influenciou o milho."O milho realmente avançou quando a soja avançou", observou um analista da bolsa. Ocorreram chuvas durante a noite em áreas de produção da Argentina e foram benéficas para as lavouras, "mas elas precisam de mais".
As commodities em geral tiveram suporte do relatório de emprego divulgado hoje nos Estados Unidos, que foi melhor do que o esperado. Analistas disseram que o prospecto de melhora na economia é bom sinal sobre a demanda por commodities, que já tem sido forte tanto para o milho quanto para outros produtos agrícolas.
Além disso, Smith notou que houve poucas vendas de produtores no rali.
Agora, traders e analistas aguardam os dados de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga no dia 12 de janeiro. Muitos esperam que os indicadores deem suporte aos preços.

TRIGO REAGE COM INFLUÊNCIAS DO CLIMA
Os preços do trigo subiram com força no mercado americano, diante de preocupações com o clima e influências positivas de outras commodities. Os futuros atingiram máximas em 28 meses.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março fecharam com valorização de 19,0 cents ou 2,41%, cotados a US$ 8,0825/bushel. Trata-se do maior preço de fechamento para o primeiro vencimento desde o fim de agosto de 2008.
Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançou 24,0 cents ou 2,83% e terminaram a US$ 8,7325/bushel.
O que alimentou os ganhos do trigo foram os rumores de que a oferta pode não acompanhar o ritmo da demanda global, com as enchentes na Austrália e ameaças de que as baixas temperaturas possam afetar a safra dos Estados Unidos.
As commodities em geral tiveram um forte fechamento em 2010, de modo que caíram no inicio da semana e ontem encontraram algum suporte nos dados de emprego dos Estados Unidos, melhores do que o esperado.
Permanecem, ainda, as preocupações com a safra de trigo duro de inverno cultivada nas Planícies dos Estados Unidos e que será colhida no início do verão do Hemisfério Norte. As lavouras tiveram um começo ruim, quando plantadas em meio ao tempo seco no outono.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas