quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

BANCO MUNDIAL: G-20 PRECISA AGIR PARA CONTER ALTA DAS COMMODITIES

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, informou que o G-20 precisa agir para conter a alta das commodities, dizendo haver uma "ampla tendência de aumento dos preços", segundo reportagem da agência de notícias Reuters. Segundo ele, há uma demanda de consumo maior por açúcar e carnes nas economias emergentes em rápido crescimento. "2008 deve ter sido um alerta, mas ainda não estou certo de que todos os países do mundo despertaram para isso", afirmou ele, referindo-se à elevação dos preços das commodities. "Nós vamos enfrentar uma ampla tendência de alta dos preços das commodities, incluindo os alimentos", disse Zoellick, acrescentando que o G-20 precisa trabalhar para conter a volatilidade dos preços.

PREÇO DAS COMMODITIES SOBE 4,05% EM JANEIRO
Depois de subirem mais de 5% em dezembro, as commodities produzidas pelo Brasil deram mais um salto em janeiro. O Índice de Commodities do Banco Central composto (IC-Br), que calcula a variação em real dos produtos primários brasileiros que têm negociação no exterior, teve alta de 4,05% em janeiro, atingindo 158,25 pontos (o indicador é calculado em uma base 100). No acumulado dos últimos 12 meses, o IC-BR teve alta de 33,6%.
O destaque foi o segmento agropecuário, com alta de 4,4% em janeiro. Em 12 meses, esse indicador registra avanço de 47,96%. O IC-BR de metais subiu 3,52% no mês passado e 19,11% em 12 meses. O IC-BR de energia avançou 3,40% em janeiro, com elevação de 12,47%nos últimos 12 meses.
O economista-chefe do banco BBM, Tomás Brisola, explicou que a alta das commodities não foi totalmente repassada para o varejo e, por isso, é um fator a mais de pressão no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza a política monetária brasileira.
"Creio que ainda há um efeito por vir", disse Brisola. Ele destacou que o impacto das commodities se dá em um ambiente de economia aquecida e mercado de trabalho apertado. "As commodities são um obstáculo a mais para a queda da inflação", disse Brisola, que projeta que o IPCA em 2011 ficará próximo de 6,5%, o teto da meta inflacionária.
Para a analista de inflação do Itaú Unibanco Laura Haralyi boa parte da alta das commodities já foi incorporada ao IPCA e o cenário é de que esses preços fiquem em estabilidade neste ano. Ela destaca que o principal componente que puxou para cima as commodities foi o segmento de agropecuária, que também deverá se acomodar neste ano, a não ser que haja uma surpresa climática.
Mesmo que as commodities confirmem o cenário do Itaú de variação próxima de zero neste ano, a avaliação é de que os preços devem seguir elevados. Ou seja, a inflação pode não ter tanta pressão, já que ela por definição é calculada pela variação de preços, mas o peso no bolso do brasileiro dos elevados preços desses produtos continuará sendo sentido.

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