quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SOJA SOBE E ATINGE NOVAS MÁXIMAS COM DEMANDA POR EXPORTAÇÃO

Os futuros da soja negociados em Chicago atingiram uma nova máxima de 2 anos e meio na sessão de ontem, quando a demanda por exportação
e uma greve em portos da Argentina reavivaram os sentimentos altistas relacionados à expectativa de aperto da oferta.
O contrato março, de maior liquidez, subiu 25 centavos, ou 1,8%, para fechar cotado a US$ 14,38 por bushel, depois de atingir a máxima de US$ 14,40. O novembro, referente à nova safra, avançou 27 centavos, ou 2%, para US$ 13,68 por bushel.
O relatório de vendas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) garantiu uma nova dose de notícias altistas ao mercado, uma vez que a eliminação das preocupações com o clima na América do Sul desviou a atenção de volta à demanda, disse Bill Nelson, analista da Doane Advisory Service.
O USDA anunciou hoje que exportadores privados relataram a venda de 110 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos e 20 mil toneladas de óleo derivado para a China, com entrega durante o ano comercial 2010/11.
As novas vendas levantaram questões sobre se a China estaria desviando a demanda para os EUA como proteção contra uma interrupção prolongada dos embarques nos portos da Argentina, disse Nelson.
Os trabalhadores portuários argentinos estão em greve há mais de uma semana. O mercado está preocupado que as manifestações possam se arrastar até o período crucial da temporada de exportação, nos próximos meses.
A fraqueza do dólar também deu sustentação ao mercado, e traders ainda mostram preocupação com problemas no mercado físico devido à previsão de nevascas na região central dos EUA.
Os produtos derivados também avançaram, em linha com a soja, sendo que o óleo atingiu a máxima de 29 meses e o farelo, de 19 meses. O contrato março do óleo subiu 84 pontos, ou 1,5%, para fechar cotado a 58,72 centavos por libra-peso. O março do farelo ganhou US$ 9,70, ou 2,55%, para US$ 390 a tonelada.

MILHO FECHA EM ALTA APÓS REGISTRAR MÁXIMA EM 30 MESES
Os preços futuros do milho saltaram para máximas em 30 meses na Bolsa de Chicago com forte demanda para produção de etanol e ração. Além disso, permanecem as preocupações com a greve nos portos da Argentina. Os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, subiram 6,50 cents ou 0,99% e fecharam a US$ 6,66/bushel. A máxima da sessão foi a US$ 6,6675/bushel.
A demanda por etanol ajudou a puxar as cotações do milho quando os traders passaram a prever que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzirá sua projeção para os estoques finais no relatório de safra do mês que vem. A produção de etanol atingiu um recorde em novembro, com elevação de 15% ante o ano anterior, de acordo com dados do governo. Essa perspectiva agravou a noção de que os estoques são os menores em 15 anos.
A força da soja também deu suporte para o milho, já que as duas culturas disputam por área plantada nos Estados Unidos. A soja avançou 1,8%. "Traders estão olhando agora para a forte demanda por etanol, além da ideia de que a demanda por ração e alimentos deverá ser boa", comentou o presidente da Roach Ag Marketing, John Roach.
Avalia-se que os protestos nos portos da Argentina possam fazer com que a demanda migre para os Estados Unidos, maior exportador mundial de milho. "Tumultos continuam quentes na Argentina", disse Roach.

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