quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

RALLY DA SAFRA/MT: CHUVAS ADEQUADAS EM LUCAS RIO VERDE.

A estiagem, que chegou a atrasar o plantio em três semanas no médio-norte de Mato Grosso, deu espaço a um período de chuvas regulares durante o desenvolvimento das lavouras de soja precoce. No segundo dia de visita do Rally da Safra aos campos da área compreendida entre Sorriso e Lucas do Rio Verde, a reportagem da Agência Estado encontrou produtores aliviados. Ivanir José Meneguzzo, de Lucas, informou que as chuvas vieram na medida certa para as lavouras da região nesta safra, apesar do atraso. Ele explicou que o volume de água foi "no ponto" porque impediu a incidência de pragas e doenças. O excesso de chuva no verão tende a aumentar a ocorrência de problemas fitossanitários nas plantações. Consequentemente, cresce a necessidade de maior número de aplicações de agrotóxicos.
Meneguzzo partiu de Pato Branco, no Paraná, em 1982, acompanhado do pai, para plantar soja em Lucas do Rio Verde em terras arrendadas.
Hoje a família cultiva área própria de cerca de 2,2 mil hectares. Ele recorda que, na época, a mata era fechada e pouco valorizada. Um hectare de terra era equivalente a 10 sacas de 60 kg de soja. Hoje, no eixo da BR-163 o hectare não sai por menos de 550 a 600 sacas do grão.
Nesta safra, Meneguzzo informou que plantou a soja precoce a partir de 13 de outubro, pois a falta de chuva impediu que as máquinas fizessem o serviço antes, previsto para 25 de setembro a 1 de outubro. Na segunda-feira passada (31) a lavoura recebeu produto químico para secar as folhas do pé de soja. "Dentro de oito dias as colheitadeiras vão entrar no campo", acrescentou, informando que trabalha com três colheitadeiras próprias. Assim que a leguminosa for colhida, ele pretende ocupar a área com milho (1.150 hectares) e milheto (1 mil hectares). Meneguzzo revelou que já vendeu cerca de 50% da safra, entre US$ 17 e US$ 24,50 a saca de 60 kg, garantindo uma boa rentabilidade.
Agora pela manhã, a equipe está na estrada para percorrer cerca de 500 quilômetros até o município de Sapezal, no oeste de Mato Grosso.
Indústria - Em Lucas do Rio Verde, a 350 km de Cuiabá, a reportagem da Agência Estado, que participa da Equipe 1 do Rally da Safra, conversou com produtores integrados às plantas industriais da BR Foods, empresa que surgiu da fusão entre Perdigão e Sadia. Segundo um deles, que preferiu não se identificar, o complexo da Sadia, em particular, opera a plena carga no abate de suínos, estimado em cerca de 3,8 mil cabeças/dia.
No caso do frango, segundo ele, os trabalhos ocorrem um pouco abaixo do limite máximo de 500 mil aves/dia. No esquema de integração, o produtor recebe assistência técnica e insumos da agroindústria, com o compromisso de entregar no futuro frango ou suíno pronto para abate.
O integrado, que é considerado médio criador, é proprietário de dois módulos com suínos, com capacidade de produção de 9 mil cabeças terminadas, a cada 120 dias. Ele tem, ainda, quatro módulos com frango, para 440 mil aves prontas para abate a cada 60 dias.
"A Sadia entrega o leitão com 40 dias, pesando 25 kg. Tenho de devolver o animal com 120 dias, pesando 120 kg", explicou. Com as frangos, o esquema é o mesmo. O produtor recebe a ave com um dia, com o compromisso de entregá-la aos 43 dias, com 2,3 kg a 2,5 kg, em média.
Colheitadeiras - O Grupo Maggi, da família do senador Blairo Maggi (PR-MT), acaba de adquirir 15 colheitadeiras para sua propriedade em Querência, região nordeste de Mato Grosso. A tradicional foto aérea com as máquinas no campo está prometida para março, quando se inicia a colheita de soja na fazenda. O investimento em cada unidade está estimado em cerca de R$ 850 mil.
Aeroporto de carga - As obras da Ferrovia Centro-Oeste (Goiás-Mato Grosso-Rondônia), incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), podem se somar à construção de um porto seco em Lucas do Rio Verde. Ainda no plano das ideias, especula-se também sobre a instalação de um aeroporto de cargas na cidade, o que colocaria Mato Grosso definitivamente no primeiro plano do agronegócio global.
Nobres - Com apenas 18 mil habitantes, a 140 km de Cuiabá, o município de Nobres vai sendo descoberto pelos turistas. A região guarda belezas naturais tão deslumbrantes quanto Bonito, no Estado vizinho de Mato Grosso do Sul, dizem os guias locais. De acordo com eles, na Serra do Tombador existem inúmeras cachoeiras e grutas, algumas totalmente inexploradas. A Lagoa Azul, de águas transparentes, está localizada a 60 km da sede municipal.

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