sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

RALLY DA SAFRA/MT : CONFIRMADO EXPECTATIVA DE BOA SAFRA DE SOJA

Produtores satisfeitos com a produtividade das lavouras e com os preços pagos pela soja continuaram a ser a rotina encontrada pela Equipe 1 do Rally da Safra no quarto dia da expedição pelas áreas produtoras de Mato Grosso, que está sendo acompanhada pela Agência Estado. Até agora, esse início do rally, que segue até o final de março, tem confirmado a expectativa positiva da Agroconsult para a safra 2010/11.
Antes da viagem, a consultoria elevou sua estimativa para a produção nacional de soja para 70,3 milhões de toneladas, quase 2 milhões de toneladas mais que o previsto inicialmente. Apesar de as principais revisões para cima terem sido feitas nas projeções do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, regiões que ainda serão visitadas pelo rally, Mato Grosso parece estar no caminho de obter uma grande safra. Nas lavouras visitadas pelos técnicos da expedição tem sido comum encontrar produtores empolgados com produtividades que chegam a superar 60 sacas por hectare.
Tempo bom
A chuva no momento certo beneficiou o plantio da soja precoce na região oeste de Mato Grosso, ao contrário do que ocorreu no médio-norte do Estado, onde houve atraso das águas. A Equipe 1 do Rally da Safra continuou a encontrar bons níveis de produtividade no trecho entre Campo Novo do Parecis e Sapezal, percorrido durante o dia de ontem.
Ali, a umidade s chuvas foram regulares na época de plantio, permitindo que a instalação da lavoura ocorresse entre o fim de setembro e início de outubro. No médio norte, como em Lucas do Rio Verde e Sorriso, boa parte dos sojicultores só conseguiu plantar a partir de meados de outubro.
Mesmo assim, a previsão é de um bom rendimento em ambas as regiões, já que no médio norte o atraso das chuvas no início do plantio foi compensado com bons volumes na fase de desenvolvimento da cultura. "O que as duas regiões também têm em comum é o ataque de pragas, como lagartas e percevejos, aumentando a demanda por aplicações de inseticidas em maiores doses, porém, sem causar danos significativos às plantações", informou o participante do Rally da Safra, Helton Vitali, da DVA, empresa de agroquímicos de capital misto (Brasil e Alemanha). "Como as aplicações foram preventivas, não houve perda e a produtividade da soja precoce deve crescer, ficando 10% acima da safra anterior", comentou.
O tempo ontem estava encoberto na região oeste de Mato Grosso, depois de algumas chuvas localizadas na madrugada. Durante a visita aos produtores, os técnicos do Rally constataram máquinas paradas em algumas plantações, à espera da secagem dos grãos. Os técnicos do Rally recolheram amostras em campo para identificar espaçamento das lavouras, avaliaram o número de vagens e grãos de soja precoce, o que permite estimar a produtividade. Também foi possível reconhecer, por meio de teste químico, se a lavoura é transgênica ou convencional.
Além disso, quando as colheitadeiras estão em operação, os técnicos podem estimar as perdas provocadas pela máquina durante a atividade.
Outro trabalho do Rally é determinar a umidade dos grãos com equipamentos eletrônicos. Eles também recolhem amostras de solo, para futura análise em laboratório em que se pode verificar as necessidades de adubação.
Na manhã de ontem, a equipe conversou com o produtor Valdir Giongo, de Campo Novo do Parecis. Ele confirmou que o clima foi excelente para o desenvolvimento da soja precoce. "Aqui na região choveu na hora certa e plantei no momento ideal, dia 2 de outubro", disse.
Giongo cultiva cerca de 1.500 hectares com soja, cujo porcentual de 30% é com variedade precoce e o restante da lavoura é de ciclo médio ou tardio. Ele estava sentado no chão, observando manobras na colheitadeira que retornaria ao galpão, porque a soja estava muito úmida e o sol não dava sinais de que iria aparecer.
Ele comentou que fez as aplicações preventivas contra pragas e doenças, o que podia ser verificado pela excelente condição sanitária da plantação. Giongo já vendeu cerca de 70% da safra antecipadamente, por preços que oscilaram entre US$ 17,80 até US$ 24,40 a saca de 60 kg. "Ontem mesmo (quarta-feira) vendi um pequeno lote a US$ 23,40 a saca) , mostrando-se empolgado com o excelente nível de preço da soja este ano. A produtividade de suas lavouras deve ficar acima de 60 sacas por hectare.
A Equipe 1 do Rally da safra sai agora de manhã de Tangará da Serra, coletando amostras de lavouras de soja na direção de Cuiabá, onde encerrará participação.
Rápidas
Milho pipoca - Campo Novo do Parecis é considerado o maior produtor brasileiro de milho para pipoca. São cultivados na região cerca de 15 mil hectares com o produto, para uma safra de 45 mil t. Parte da produção é processada no próprio município pela empresa Yoki. A safra atual já foi negociada a R$ 21,00, R$ 23,00 e R$ 25,00 a saca de 60 kg, dependendo da qualidade do grão.
Fiagril - A Fiagril, trading que fatura anualmente cerca de R$ 1,2 bilhão, com sede em Lucas do Rio Verde, está firme no propósito de crescimento. Especula-se que o próximo objetivo, entre outros já engatilhados, é a construção de uma indústria de esmagamento de soja. A empresa emprega cerca de 500 funcionários, principalmente técnicos para assistência aos agricultores.
Feira - O Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis está divulgando a Feira Tecnológica do Parecis (Parecis SuperAgro), que em sua quarta edição será realizada de 18 a 21 de abril. O gerente do sindicato, Antônio de La Bandeira, informou que está em busca de parcerias e recursos que possibilitem tornar perene a Parecis SuperAgro, "evento que já o temos como consolidado", disse.

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